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Crise do Capitalismo? Não, muito pelo contrário!

25 janeiro 2014 Marcadores: , ,


Convencer um anti-capitalista ou mesmo alguém que não entenda muito do assunto de que a culpa da recente crise não é do capitalismo, mas da falta dele, não é uma tarefa simples. A crise atingiu alguns dos países vistos como expoentes máximos do capitalismo: Os Estados Unidos e a maior parte da Europa Ocidental. 



Se um país como Estados Unidos entraram em crise por falta de capitalismo, o resto do mundo que é ainda menos capitalista, deveria estar numa situação bem pior, certo? É um raciocínio razoável, insuficiente para compreender a situação.

E é assim que tentaremos argumentar em favor do capitalismo aqui: Com argumentos, fatos, e análises bastante simples, sem recorrer à conhecimentos aprofundados em economia (coisa que eu nem sequer possuo). Então vamos tentar usar um raciocínio simplista, que é o raciocínio usado pela maior parte da população, leiga em economia. (eu inclusive)


Alguns dos países mais capitalistas do mundo estão em crise. Isso é fato. Porém, é importante lembrar que:



1. Apesar de estarem em crise, estes países ainda são desenvolvidos e estão entre os mais desenvolvidos do mundo.


2. O mundo capitalista e desenvolvido já passou por outras crises antes e conseguiu superá-las e se desenvolver ainda mais depois disso. Muito provavelmente é o que vai acontecer dessa vez também.

Ou seja, simplesmente não há motivos para achar que aquilo que deu certo durante décadas, de repente dará errado. E para que a crise comece a trazer quedas visíveis na qualidade de vida destes países de forma permanente, ela deve durar vários anos seguidos. Resumindo: Não vai ser dessa vez que veremos americanos imigrando para o Brasil buscando qualidade de vida...

Mas é realmente impossível que os países ricos empobreçam até chegar ao nível dos países emergentes? Não, não é impossível. Para conseguirem tal façanha, basta abandonarem cada vez mais o capitalismo. Se voltarem a seguir o caminho que os trouxeram até o nível em que estão hoje, tudo voltará ao normal, mas se insistirem no caminho da ruína que começaram a trilhar só bem recentemente, a coisa tende a piorar cada vez mais.

"Ah! Mas você está fugindo da questão: Se os países mais capitalistas do mundo estão em crise por falta de capitalismo, o resto do mundo deveria estar numa situação bem pior". Mas o resto do mundo ainda está numa situação bem pior. Os Estados Unidos e os países da Europa Ocidental ainda estão entre os mais desenvolvidos do mundo, e somente anos seguidos de crise reverteria esse quadro.

É como um elevador que apesar de estar descendo ainda está entre os últimos andares, e outro, representando os países emergentes, que apesar de estar subindo, ainda está entre os andares mais baixos. A crise é representada pela descida de um dos elevadores. Mas isso não significa que ele vai continuar descendo, muito menos que ele irá descer até os andares mais baixos. Ele pode simplesmente voltar a subir.

Dívida por ser paga, desemprego pode ser superado criando-se mais empregos, baixo crescimento pode ser superado com mais crescimento. Nenhum dos sintomas da crise são irreversíveis ou se comparam à pobreza, subdesenvolvimento e estagnação estruturais que caracterizam muitos países e são muito mais difíceis de serem superados.

Depois de tudo isso, eu ainda não expliquei, porque essa crise não é culpa do capitalismo e sim da ausência dele? O que temos à favor da nossa tese?

O capitalismo pode ser medido, e com base nessa medição podemos afirmar que: Quanto menos capitalismo, mais crise.


O índice de liberdade econômica, elaborado pelo Cato Institute, mostra o grau de "capitalismo" de um país. Baseado neste índice, calculado para o ano de 2011, temos a tabela abaixo, mostrando a situação dos países da zona do euro e sua relação com o índice de liberdade econômica:


Clique na imagem para ampliá-la
Note que, quanto menos economicamente livre, pior a situação do país.

Este índice é calculado desde a década de 70, pelo Fraser Institute, o que torna as coisas ainda mais interessantes, pois é possível ver a evolução dos países numa escala de tempo. Um fato interessante é que os Estados Unidos, eram o terceiro colocado no índice até o ano 2000 (e vinha oscliando entre a 3ª e 4ª posições desde 1985) e desde então vem caindo, até chegar à 18ª posição em 2010.


Alguns podem arguentar que o Cato Institute e o Frases Institute, são think-tanks "neo-liberais" e que portanto, suas análises são tendenciosas e manipuladas de forma a dizer que os países mais bem sucedidos, tanto social quanto economicamente, são mais "liberais".

Pode até ser, mas eles não poderiam, de 2000 até 2007 (ano que "estourou" a crise) rebaixar os Estados Unidos neste ranking propositalmente, a fim de manipular a opinião de algumas pessoas, a não ser que soubessem de antemão que uma crise se aproximava.

Vale observar também que a situação piorou ainda mais desde 2007, na mesma medida em que continuaram a cair no índice. Então você pode até dizer que os liberais manipularam seus dados para atribuir a culpa da crise à falta de liberdade econômica, mas para isso teria que admitir que eles previram a crise. 


O que não estaria errado também. Os verdadeiros defensores do livre mercado sabiam que uma crise se aproximava, porque também sabiam que o capitalismo estava caindo em desuso.

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