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  • Conquistando a confiança dos consumidores e conseguindo melhores margens de lucro
  • A importância de ser um chefe que seja um exemplo para sua equipe.

0 O capitalismo como deveria ser

29 abril 2014 Marcadores: , ,
E a última crise mundial. Quem a causou? O capitalismo? Não!


O grande problema é que, às vezes, somos autoritários no momento da conexão realidade-enunciação da realidade e emitimos julgamentos com revestimentos linguísticos deformados, criando nomenclaturas em total desconformidade com a realidade vigente – os famosos espantalhos de que fala a Lógica.
Não raro, se escuta que se vive em uma sociedade altamente capitalista, num ambiente de capitalismo selvagem e engatam-se a isso conceitos deturpados (e de conotação moral muito peculiar) como egoísmo, egocentrismo, maldade, ganância e indiferença.
Como dito, é uma desconexão entre o que é e o que quer que seja ou então julgamentos particulares idiossincráticos, sobretudo linguísticos e ideológicos da realidade vigente.
O capitalismo sempre foi alvo de muitos mitos e espectros que nada dizem com sua essência. E o presente artigo não é revisionismo de conceitos ou uma tentativa de “última defesa.”
Conceitos como monopólios, lucros exorbitantes, exploração de trabalhadores não pertencem ao sistema capitalista, e sim a uma disfuncionalidade, sobretudo, causada por ingerência de processos políticos e burocráticos no sistema de livre mercado e iniciativa. Que efetivamente acaba desvirtuado o capitalismo.
Veja o caso emblemático “Eike Batista”. O empresário fez fortuna com ajuda de um grande banco público – o BNDES.  O Estado se imiscuiu com a iniciativa privada, usando recursos tributários pagos pela população através da exação do trabalho.  Capitalismo não é isso.
O empresário deveria por si só, sem ajudas de bancos públicos para fazer alavancagem, entrar na concorrência com seus adversários empresariais, oferecendo melhor produto e melhor preço – numa ambiência de livre mercado e concorrência. O resultado seria uma empresa saudável, que não iria à falência, produtos bons e baratos. Seria difícil ou mesmo impossível lucros exorbitantes neste cenário capitalista – muito embora, o a definição de exorbitância seja eminentemente subjetiva.
A ajuda estatal no caso criou uma disfuncionalidade ou uma certa “pane” no mercado, colocando-o acima dos concorrentes e em situação muito mais confortável em termos financeiros. Outros empresários do setor saíram prejudicados, bem como os consumidores.
Chama-se isso de “capitalismo de compadres” ou “capitalismo de Estado”. O Governo tem interesse nisso haja vista que os grandes empresários são financiadores de campanhas eleitorais e também são ótimo propagandistas de benevolência de determinado Governo. Mas, o efeito para a saúde econômica do país é perverso.
E a última crise mundial. Quem a causou? O capitalismo? Não! Quem causou foi a orientação populista do Governo americano, através de atos normativos, ao forçar empresas a concederem créditos considerados temerários na área do mercado de moradias e, outrossim, em razão de políticas advindas do Welfare State (Estado do Bem Estar Social), em países europeus que não observavam a responsabilidade fiscal – gerando o estopim da crise financeira mundial de 2008/2009.
Assim, o problema não é do capitalismo, que pede para sua plena evolução, livre concorrência liberdade econômica e empreendedorismo, além de baixa intervenção do Estado, ou seja, pouca tributação, baixa burocracia, ausência de monopólios, controle da corrupção, etc.
A solução para o problema das forças e ideologias anti-capitalistas, que ao mesmo tempo jogam toda a responsabilidade no próprio capitalismo, é conhecida, mas ainda não pode ser implementada neste país (por variados motivos que ficam para outro texto).
São elas: mais liberdade econômica, menos politização nos processos decisórios de criação e circulação de riquezas, aumento da produtividade, ambiente saudável de competição mercantil, ausência do intervencionismo exagerado do Estado, baixa tributação, leis mais racionais e em menor quantidade (fortalecendo a normatividade), incentivo à meritocracia e, no quadrante da Administração Estatal, maior responsabilidade gerencial, fiscal, creditícia e econômica.
Somente assim, o país poderá ser mais próspero e gerar mais riquezas e, fazendo isso, conseguirá dar aos seus uma qualidade de vida melhor.

Publicado originalmente no site Liberdade Econômica por  que é advogado e articulista do Liberdade Econômica. Está à disposição para responder dúvidas e questionamentos a respeito de temas como Direito, Política, Liberdade, Democracia e Economia, através de seu e-mail gustavomiquelinfernandes@hotmail.com.
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0 Como o ódio entre irmãos resultou na criação da Adidas e Puma

28 abril 2014 Marcadores: , ,



Rudolf e Adolf Dassler eram dois irmãos que moravam em uma cidade de nome complicado chamada de Herzogenaurach. Rudolf era expansivo e tinha talento para as vendas já o seu irmão Adolf era introvertido e com grandes habilidades artesanais Trabalhavam juntos, na fabriqueta Gebrüder Dassler Schuhfabrik, que em alemão significa “fábrica de sapatos dos irmãos Dassler”. E as brigas entre os dois eram frequentes, talvez por serem tão diferentes. 


Porém  a união de suas habilidades resultou na criação de um novo conceito de tênis que era muito mais leve e anatômico do que os atuais modelos pesados que existiam no mercado e esta invenção estava deixando a dupla muito rica. 

Até 1943, o período do 3º Reich de Hitler os irmãos viviam em harmonia por causa dos resultados nos negócios. Mais isso começou a mudar quando Adolf, que era apolítico, resolveu se filiar ao partido nazista de Hitler por conveniência. Já Rudolf era nazista fanático. Em 1943, a cidade de Herzogenaurach foi bombardeada pelos Aliados. Chegando ao abrigo antiaéreo, Adolf encontrou a família do irmão e comentou: “Os sujos bastardos voltaram”. A esposa de Rudi ouviu e achou que o comentário era endereçado a ela e ao marido. Não adiantou explicar a confusão: a relação entre os irmãos ruiu de vez.

Esse mal entendido acabou resultando na separação dos irmãos. Mas há quem diga que o motivo foi muito mais grave: Adolf teria entregado seu irmão aos aliados por ser um nazista fanático. em 1948, Adolf Dassler aproveitou uma brecha legal para dissolver a parceria familiar e renomeou a Gebrüder Dassler Schuhfabrik para Adidas. “Adi” era o apelido de Adolf e "Das" era o diminutivo de“Dassler”, o sobrenome da família.


Rudolf criou outra fábrica de tênis: a “Ruda”, mais tarde rebatizada de Puma. A criação das marcas dividiu a cidade de Herzogenaurach, cortada por um rio. Em uma das margens ficava a fábrica da Adidas. Na outra, a da Puma. O ASV Herzogenaurach, um dos times de futebol da cidade, passou a ser patrocinado pela Adidas. O FC Herzogenaurach, pela Puma. 

A competição entre Adi e Rudi era tão grande que eles não perceberam a aproximação de sua verdadeira inimiga: a americana Nike. Rudolf morreu em 1974. Adolf, em 1978. Os dois estão enterrados no cemitério de Herzogenaurach, na Alemanha.

Momentos marcantes


• Em 1936, durante a Olimpíada de Berlim, os Dassler ofereceram um par de tênis a um corredor chamado Jesse Owens. Ele ganhou 4 medalhas de ouro e a jogada dos irmãos inaugurou o marketing esportivo.
• Na Olimpíada de 1960, o corredor Armin Hary firmou contratos separados com a Adidas e a Puma. Foi a única vez que os irmãos concordaram em alguma coisa: Armin nunca mais foi patrocinado por eles.

• Em 2004, Frank, neto de Rudolf (da Puma), assumiu um cargo na Adidas. “Muitos familiares meus consideraram isso uma traição”, disse Frank.



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0 A fábula inglesa "A Galinha Ruiva" e a falência do estado de bem-estar social

24 abril 2014 Marcadores: , ,


"Aqueles que pedem e choram mais ganham mais do que os que trabalham"
O popular conto inglês A galinha Ruiva mostra como a cultura que beneficia ociosidade pode corroer a sociedade. A história retrata a saga de uma galinha que um dia, enquanto estava ciscando no quintal, achou um grão de trigo. Ela teria corrido então para perguntar quem gostaria de ajudá-la a plantar este grão, mas o pato, o gato e o cachorro se negaram a ajudar. A galinha resolveu então não se preocupar com seus amigos e plantou a semente de trigo sozinha.

Tempos mais tarde, ela solicitou ajuda aos colegas para ajudar na colheita. Mas seus amigos recusaram a ajuda novamente e então a galinha resolveu colher o trigo sozinha. Por fim, acabaram negando qualquer colaboração para transformar a farinha em pão, e ela, mais uma vez sozinha, fez um pão muito bonito e muito cheiroso. Todos os outros animais agora queriam! Sentiram o cheiro daquele pão maravilhoso que a galinha havia feito e pediram à galinha para compartilhar. Mas galinha se recusou: não iriam provar sequer um pedacinho! Eram preguiçosos demais, disse a galinha persistente e trabalhadora.

Muitos, inclusive seus amigos, e em muitas culturas iriam taxar a galinha de egoísta, iriam julgá-la como a vilã da história, a galinha malvada que não quis compartilhar seu delicioso pão com os ociosos companheiro. “A vilã é essa galinha, opressora, responsável pela fome dos outros indivíduos!” Logo ela que achou, plantou e colheu o trigo, fez a massa e a assou...

Em seu livro, lançado no final de 2013 intitulado de Esquerda Caviar Rodrigo Constantino vai direto ao ponto “Quando a preguiça é recompensada, quando quem trabalha é forçado a sustentar quem não produz em nome da “igualdade”, o resultado só pode ser o aumento da preguiça e a redução dos esforços.”

A Dama de Ferro, Margaret Thatcher dizia que quem paga a conta não é a “sociedade”. Segundo ela o termo era usado como abstração, e que na verdade existem seres humanos, de pele e osso. Ou seja, se o José quer o benefício do estado para comprar uma calça ao seu filho, quem trabalharia para pagar seria João. Sempre terá pessoas trabalhando arduamente para dar aos que não trabalham. Mas quando aqueles que trabalham passarem a perceber que não vale a pena se esforçar e começar a viver das benesses do estado, aí a coisa complica. Caso da Dinamarca que adota medidas mais liberais para conter o ócio de seu povo e impedir o país de ir a falência. Mais uma prova que essa cultura de “estado babá” é insustentável. Na obra A revolta de Atlas, a filósofa russa Ayn Rand ilustra bem essa situação:

"É como derramar água dentro de um tanque em que há um cano no fundo puxando mais água do que entra, e cada balde que a senhora derrama lá dentro o cano alarga mais um bocado, e quanto mais a senhora trabalha, mais exigem da senhora, e no fim a senhora está despejando baldes quarenta horas por semana, depois 48, depois 56, para o jantar do vizinho, para a operação da mulher dele, para o sarampo do filho dele, para a cadeira de rodas da mãe dele, para a camisa do tio dele, para a escola do sobrinho dele, para o bebê do vizinho, para o bebê que ainda vai nascer, para todo mundo à sua volta, tudo é para eles, desde as fraldas até as dentaduras, e só o trabalho é seu, trabalhar da hora em que o sol nasce até escurecer, mês após mês, ano após ano, ganhando só suor, o prazer só deles, durante toda a sua vida, sem descansar, sem esperança, sem fim... De cada um, conforme sua capacidade, para cada um, conforme sua necessidade..."

 Ayn Rand ainda nos faz um alerta:  
"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".
O filósofo Luiz Felipe Pondé escreveu em sua coluna na Folha criticando sobre esse estado de bem-estar social que está minando a democracia e a nossa liberdade:
"Logo criarão uma lei que proibirá as mulheres de serem bonitas em nome da autoestima das feias e proibirão os homens bem-sucedidos de terem carrões em defesa da dignidade do ônibus ou do metrô. Duvida? Basta um mentiroso inventar que isso é necessário para um convívio democrático. Isso se chama “a ditadura dos ofendidos”."

E não é que o Pondé estava certo? Bem quase certo, pelo menos ele chegou perto. A situação chegou ao limite extremo e ridículo, ao ponto de se pregar igualdade total, inclusive a igualdade física. O escritor argentino Gonzalo Otálora causou polêmica ao defender a cobrança de tributos sobre as pessoas consideradas mais bonitas para compensar o “sofrimento” daqueles que fossem mais feios. Com um enorme e barulhento megafone, se dirigiu à frente da Casa Rosada e começou a reclamar os “direitos” dos feios. Otálora disse que sua iniciativa tinha o objetivo de incentivar um debate sobre o culto à beleza, presente hoje na sociedade. Otálora como escritor que se prese, mais do ninguém, deveria saber que o que importa não é a conta bancária da pessoa nem sua beleza, mas o valor que ele agrega à sociedade.

O escritor inglês L.P. Hartley em seu romance A Justiça Facial fez uma sátira sobre esse estado de “justiça social e igualdade”. No livro Hartley expressa a estranha tentativa de legitimar o invejoso e sua inveja, de forma que qualquer um capaz de despertar inveja seria tratado como criminoso. Note bem: em vez de o invejoso refletir e ter vergonha de sua inveja, é o invejado que deve desculpas por causar a inveja.

O romance passa-se no futuro, depois de uma Terceira Guerra Mundial, e as pessoas são divididas de acordo com a aparência. O principal objetivo era obter uma igualdade facial (como se os humanos fossem cupins ou formigas), pois a material já não bastava para acabar com a inveja. Só era permitido um tipo de rosto, que continham os traços “Alfas”. No romance havia até o Ministério da Igualdade Facial, que fiscalizava se todos tinham realmente a mesma aparência. Qualquer um que não se enquadrasse nos critérios, ou seja, os que eram mais bonitos ou até mais feios, eram eliminados da sociedade. O objetivo era a acabar com a inveja e prezar pelo bem-estar social, pela “justiça social”, criar um mundo mais igual e “justo”. Não importava a que custo, afinal, sempre há de “quebrar alguns ovos” para se fazer um omelete. Não soa loucura? Mas o pior é que sempre aparece um louco e mentiroso que começa a defender isso como “condição necessária” para se viver em uma sociedade mais “justa e igualitária”.

Como conclui Schoeck: “O desejo utópico por uma sociedade igualitária não pode ter surgido por qualquer outro motivo que não a incapacidade de lidar com a própria inveja e incapacidade”.

Hayek em sua obra prima A Constituição da Liberdade diz que nós devemos buscar somente a igualdade de regras gerais, ou seja, as leis. Quando buscamos a igualdade de resultados torna-se impossível haver liberdade devido a coerção necessária para se aplicar esse conceito que torna-se fatal para a liberdade da sociedade. O economista Milton Friedmam foi preciso ao dizer que “A sociedade que prioriza a igualdade invés da liberdade acaba ficando sem ambas. Mas sociedade que prioriza a liberdade e não a igualdade acaba conseguindo uma boa quantidade de ambas”
Mas o que é ser livre? O que uma sociedade precisa para ser livre? Ser livre significa poder tomar suas próprias decisões e ter seus próprios objetivos e sonhos. É poder fazer escolhas e dessas escolhas aprender lições. Livre para buscar o melhor pra si mesmo, para viver experiências. A vida do ser humano, assim como a de outros animais, é uma continua busca por melhores condições. Isso é algo natural, é extinto, a busca pela sobrevivência, pelas melhores condições, é isso que mentém as espécies vivas. No nosso cotidiano sempre procuramos o melhor para nós, mesmo quando vamos à padaria e solicitamos o pãozinho que acabou de sair quentinho pois não queremos o que está na prateleira. E até quando vamos comprar um imóvel, ou automóvel, sempre buscamos o melhor conforme nossas necessidades e condições. Ninguém sai do conforto de sua casa esperando fazer o pior negócio na rua. Espera-se o melhor. A busca pelo melhor é que garante a existência da espécie humana.
E tudo isso está, aos poucos, sendo ameaçado por indivíduos, muitas vezes ligados ao estado, ou simples ignorantes que preferem andar com as pernas dos outros. Sempre estão ali dizendo “Mais estado, mais estado, mais intervenção, mais impostos, transportes grátis” e não pensam nas consequências que essas atitudes causam à sociedade. Principalmente para o bolso dela.
Arnold Schwarzenegger (aquele mesmo, o exterminador e ex-governador da Califórnia) nasceu na Áustria e fez duras críticas ao governo austríaco na abertura do documentário de Milton Friedman intitulado de Livre para Escolher. Segundo Arnold, o governo socialista austríaco intervia na economia o que acabava gerando atraso e comodismo na população. Segundo ele, jovens de 18 anos já pensavam em aposentadoria e quanto mais o governo interferia no livre-mercado, pior ficava o país, e mais dependente do estado vivia a população. 

“Eu vim de um país socialista que controla a economia, onde jovens de 18 anos já falavam em aposentadoria. Mas eu queria mais! Queria ser o melhor! O individualismo é incompatível com o socialismo. Assim, senti que deveria vir para os EUA. Não tinha dinheiro no bolso, mas aqui, tive liberdade de obtê-lo. Transformei músculos em negócios, em uma carreira cinematográfica. Pude economizar e investir ao longo do tempo. Vi os EUA mudarem e percebi o seguinte: quanto mais o governo se inseria no livre mercado, pior ficava o país. Mas quando o governo abria espaço à livre iniciativa, ficávamos melhor e a economia se fortalecia, eu prosperava e meus negócios cresciam, eu podia contratar mais e ajudar os outros”

Mas afinal, quem ganha com isso? Com essa cultura de dependência? É óbvio: são os próprios governantes que usam e abusam do dinheiro alheio. “Uns são mais iguais que outros”. Enquanto uns se acomodam, outros lutam por migalhas, os governantes sempre desfilam em seus carros luxuosos e moram em residências com comida farta. Enquanto os pobres se amontoam em filas à espera de atendimento, eles sequer precisam enfrentar  a espera para serem atendidos nos melhores e mais modernos e conceituados hospitais do país. Para a sociedade apenas “pão e circo”, e uma copinha de vez em quando.

Por Luiz Henrique Cardoso


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0 Mantendo o foco de seus colaboradores

23 abril 2014 Marcadores: , ,
Mais de 30% dos entrevistados afirmaram que o principal motivo para a distração de seus colaboradores é a utilização da internet para fins pessoais, incluindo redes sociais.

(Fonte: Getty Images)
Uma pesquisa recente revelou que muitos gestores estão perdendo foco e produtividade de seu trabalho com distrações na internet, redes sociais e até mesmo com o cafezinho nos corredores e cantos das organizações.
Para alguns, o motivo do problema é a falta de concentração. As soluções populares, mais usadas consistem em cortar o acesso dos profissionais à internet ou controlar o tempo gasto nas conversas de corredor. Soluções que muitas vezes não eliminam o problema.
Segundo a Robert Half,  maior empresa de recrutamento especializado no mundo, fundada em 1948:
"Navegar na internet e socializar com colegas são os principais ladrões de tempo dos funcionários durante o trabalho, aponta pesquisa realizada pela Robert Half com 2.100 CFOs dos Estados Unidos. Mais de 30% dos entrevistados afirmaram que o principal motivo para a distração de seus colaboradores é a utilização da internet para fins pessoais, incluindo redes sociais, e 27% responderam ser as famosas conversas de corredor."
Para Marcela Esteves, gerente da divisão de Finanças e Contabilidade da Robert Half no Brasil, essas distrações podem influenciar negativamente e prejudicar a produtividade. Por esse motivo, é importante saber equilibrar as obrigações profissionais e pessoais para que não seja desperdiçado mais tempo do que o necessário. “Se alguém está gastando mais horas do que deveria para resolver questões pessoais é preciso identificar os motivos. Muitas vezes o profissional pode estar apenas desmotivado e precisando de projetos novos e mais desafiadores”, conclui.
Ainda de acordo com a pesquisa, ligações telefônicas ou e-mails pessoais, reuniões  e e-mails corporativos também foram apontados pelos entrevistados como motivos para o desperdício de tempo de seus funcionários, e apareceram no ranking com 20%, 11% e 7% respectivamente.
A maioria dos profissionais tem seus próprios smartphones e tablets para acessar internet e redes sociais. O cafezinho e o bate-papo podem ser controlados, mas os serviços de mensagem por celular continuam existindo. Distrações são muitas, e é extremamente difícil para os gestores controlarem o que seus funcionários fazem o tempo todo. O perigo mora justamente na palavra “controle”.
Equipes engajadas e comprometidas com suas metas dificilmente perderão muito tempo com distrações. Se o trabalho está sendo feito e o resultado dos profissionais se destaca, por que se preocupar com o uso de redes sociais? Dentre os membros das novas gerações, que nasceram nesse ambiente digital, trabalhar com essas ferramentas é algo natural.
Acredito ser outro o desafio: como manter o comprometimento do time com os objetivos do negócio? Resolvido este dilema, o cafezinho e a internet deixam de ser vilões para se tornarem meros coadjuvantes do dia a dia de trabalho. [Exame]  [Robert Half]
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0 Google e Disney têm melhor reputação mundial

09 abril 2014 Marcadores: , ,
Google e Walt Disney são as empresas de melhor reputação no mundo, seguidas pela BMW e Rolex. As informações são da pesquisa Global RepTrak® 100 2014, divulgada hoje pela consultoria Reputation Institute.
O estudo é feito todos os anos por meio de entrevistas realizadas com 55.000 consumidores entre janeiro e fevereiro em 15 países diferentes. Com base na opinião das pessoas é que a pesquisa define quais são as cem empresa de melhor reputação.
Neste ano, a Nestlé foi a única companhia global a ficar de fora. Já a Samsung estreou entre as dez mais.  Veja, a seguir, a lista das dez empresas de melhor reputação segundo o estudo. 

Google e Disney

Ambas americanas, as companhias lideram a lista de melhor reputação do mundo, em 2014, com 77,3 pontos. No ano passado, a Disney aparecia em segundo lugar, com 78,39 pontos, e o Google em quarto, com nota 77,15. 



Rolex e BMW

A BMW, que em 2013 liderava o ranking com 78,39 pontos, neste aparece em segundo lugar, com nota 77,2. A posição é dividida com a suíça Rolex, que estava em terceiro lugar em 2013.



Sony

A fabricante japonesa de eletrônicos Sony ocupa neste ano o quinto lugar com 75,9. No ano passado, a empresa estava em sexto lugar com uma pontuação de 76,30.


Canon

A Canon subiu do oitavo lugar, no ano passado, para o sexto neste ano, com uma nota de 75,7, baseada na entrevista com consumidores sobre a imagem da empresa. 


Apple

A americana de tecnologia Apple subiu do 12º lugar para o sétimo lugar na lista, com uma pontuação de 75,6.

Daimler

A alemã de carros Mercedes-Benz caiu do quinto para o oitavo lugar do ranking. Neste ano, a fabricante teve uma pontuação de 75,4, segundo a metodologia da pesquisa baseada na conversa com os consumidores. 

Lego

A fabricante de brinquedos dinamarquesa Lego aparece em nono lugar com nota 75,1, pontuação um pouco acima da obtida no ano passado. 

Microsoft e Samsung

As empresas Microsoft e Samsung dividem o décimo lugar do estudo, com 75 pontos. No ano passado, a americana de tecnologia ocupava o sétimo lugar da lista, com 76,23, e a coreana Samsung ocupava o 16º lugar.

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0 Seagate lança o HD de 6 TB mais rápido do mundo

08 abril 2014 Marcadores: , ,
Enterprise Capacity opera na velocidade de 7200:  Divulgação/Seagate

Através de um comunicado enviado à imprensa especializada na manhã desta segunda-feira (7), a Seagate anunciou oficialmente a chegada de seu disco rígido de 6 TB batizado como Enterprise Capacity 3.5 HDD v4. De acordo com a própria companhia, trata-se do HD mais rápido do mundo com tal capacidade de armazenamento, chegando a superior o respeitado Ultrastar He6 lançado no ano passado pela HGST.

O novo modelo da Seagate opera na velocidade de 7200 rpm (rotações por minuto) e será comercializado com duas opções de interface para conexão: SATA de 6 Gb/s ou SAS de 12 Gb/s. É válido dizer que trata-se de um disco rígido projetado com foco no mercado corporativo, sendo perfeito sobretudo para a criação de servidores e centros de armazenamento de dados.[Tecmundo]

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0 Empresas perdem US$ 100 milhões para cada US$ 1 bi investido

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Na América Latina, 20% dos projetos apresentados são considerados fracassados e menos da metade deles são feitos dentro do prazo e orçamento estipulados.

Há um abismo entre o que as empresas devem e querem fazer e o que realmente é feito. E tal cenário está levando as companhias do mundo todo a perderem muito dinheiro –US$ 100 milhões para cada US$ 1 bilhão investido para ser mais exato. 

Na América Latina esse número é ainda maior que a média global e chega a 116 milhões de dólares perdidos para cada 1 bilhão de dólares investido. A pesquisa entrevistou 2515 pessoas de todo o mundo, sendo 270 da América Latina e concluiu que apenas 47% das empresas entendem plenamente o valor da estratégia organizacional para seus negócios. A distorção entre o dever e o fazer é menor em empresas que colocam métricas de crescimento, melhoras de resultados e outros índices de desempenho. Entre essas, 69% diminuem riscos e perdem até 12 vezes menos dinheiro do que as organizações sem meta nenhuma.

O estudo aponta que hoje as empresas precisam responder mais rápido às mudanças de mercado e eliminar ineficiência para continuar a crescer – e os gestores sabem que precisam de clientes e outras opiniões externas para, por exemplo, lançar um novo produto.

Ainda assim, na América Latina, 20% dos projetos apresentados são considerados fracassos e apenas 15% são resolvidos de maneira ágil. Os resultados sugerem que as empresas latinas não estão preparadas para as mudanças nas exigências e expectativas dos consumidores.

Abaixo algumas das empresas que mais tiveram prejuízo:

Eletrobras

Prejuízo em 2013: R$ 6,2 bilhões 
Setor: Energia elétrica
O prejuízo da Eletrobras em 2013 surpreendeu o mercado, que esperava perdas inferiores a 1 bilhão de reais. Segundo a companhia, no último trimestre do ano, o resultado foi afetado negativamente por itens não recorrentes que somaram mais de 3,4 bilhões de reais, em função de baixa de ativos e provisões.

HRT Petróleo
Prejuízo em 2013: R$ 2,2 bilhões
Setor: Petróleo e gás
A HRT Participações encerrou 2013 com prejuízo 706% maior na comparação com o ano anterior, quando a empresa registrou perdas de 277,5 milhões de reais. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia também ficou negativo em 2,6 bilhões de reais.
As companhias latinas também estão atrás da média global em proficiência e maturidade em gerenciamento de projetos e menos da metade de projetos são feitos dentro do prazo e orçamento estipulados. No entanto, 60 por cento cumpriram os objetivos de negócios. [Exame]
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0 O eco-socialismo, o socialismo real e o capitalismo - quem realmente protege o ambiente?

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Há mais de vinte anos, a glasnoste o consequente colapso da URSS explicitaram ao mundo o terrível histórico ambiental do regime socialista soviético. Durante esses mesmos 20 anos, a economia da China ultrapassou a dos Estado Unidos como a maior emissora de gases poluidores.  Ainda assim, continua um lugar-comum apontar o capitalismo como a maior ameaça ambiental para o nosso planeta e apontar o socialismo como sua salvação.

De fato, há pessoas que dizem ser absolutamente aceitável prospectar e explorar petróleo sem a mais mínima consideração para com o ambiente ao redor.  Tal postura é um prato cheio para a crítica eco-socialista.  Claramente, nem o capitalismo e nem o socialismo possui um monopólio sobre o pecado ambiental ou sobre a virtude ambiental.  Chegar a um julgamento ponderado sobre os impactos econômicos relativos desses sistemas requer duas perguntas:

1) Qual sistema tem sido, na prática, mais ambientalmente destrutivo: o capitalismo ou socialismo?

2) Qual sistema, o capitalismo ou o socialismo, é mais receptivo às eventuais mudanças que precisam ser feitas para se alcançar uma proclamada sustentabilidade ambiental de longo prazo?

Para qualquer indivíduo minimamente interessado no assunto, e que já se deu ao trabalho de pesquisar, é algo incontroverso que a mais proeminente experiência socialista do mundo, a União Soviética, foi a que gerou os mais sérios problemas ambientais.  Em 1972, muitos destes problemas já haviam sido detalhados por Marshall Goldman em seu livro The Spoils of Progress: Environmental Pollution in the Soviet Union.

perestroika do início da década de 1990 e o consequente colapso da União Soviética tornaram o acesso à informação mais fácil para autores como Murray Feshbach e Alfred Friendly, Jr., que forneceram um estudo aprofundado a respeito do "ecocídio" ocorrido na URSS em seu livro Ecocide in the USSR: Health And Nature Under Siege.  Abaixo, uma lista de alguns dos problemas mais proeminentes apresentados nesta e em outras fontes:
  • A poluição do Lago Baikal, o mais antigo, o mais profundo e o até então mais limpo corpo de água doce do mundo.  A poluição foi causada por fábricas de papel e por outras indústrias soviéticas que despejavam resíduos não-tratados no lago.
  • O quase desaparecimento do outrora vasto mar de Aral, que secou devido ao desvio de sua água para irrigação, deixando para trás um deserto de sal envenenado por agroquímicos.
  • O desastre nuclear de Chernobyl em 1986, o pior do mundo, causado não apenas por erros de operação, mas também por um projeto negligente que não especificou nenhum recipiente de contenção em caso de acidente.  O acidente nuclear que até então era considerado o pior do mundo àquela época também havia ocorrido na União Soviética: a explosão de um tanque de armazenamento de resíduos sólidos no complexo de armas nucleares de Mayak, em 1957, o que dispersou de 50 a 100 toneladas de resíduos altamente radioativos, contaminando um imenso território a leste dos Urais.
  • Desastrosos incêndios em regiões de turfas nos arredores de Moscou, um legado de projetos soviéticos mal planejados e mal implantados que tinham o objetivo de drenar os pântanos locais.
  • Enormes emissões de gases poluentes em decorrência de uma forte dependência de carvão e de uma matriz energética muito menos eficiente do que as das economias capitalistas.
  • Elevados níveis de poluição do ar nas grandes cidades, causados por fábricas próximas a áreas povoadas e que operavam com um mínimo, ou nenhum, controle de poluição.
  • Práticas agrícolas e florestais destrutivas, levando a uma erosão generalizada e à destruição de habitats.
Já a China, a outra grande economia socialista do mundo, também tem a sua longa lista de pecados ambientais. Em grande parte devido ao uso intensivo de carvão, o país assumiu recentemente a liderança mundial nas emissões de gases causadores de efeito estufa, apesar de ter uma economia cujo tamanho absoluto é metade da economia dos Estados Unidos.  Em termos de qualidade do ar, a China tem 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo.  A poluição da água é um desastre nacional generalizado. A liderança chinesa na produção de metais raros foi alcançada em grande parte devido à mineração ilegal, o que causou uma intensa poluição gerada por metais pesados e um consequente desastre na saúde pública local.  Uma crescente porcentagem de poluentes, do mercúrio à fuligem, que estão sendo observados na costa oeste dos Estados Unidos tem suas origens na China.

Para dar um crédito aos eco-socialistas, documentos como a Declaração de Belém fazem ao menos algumas críticas tímidas àquilo que eles chamam de socialismo "produtivista" — isto é, o socialismo voltado para a produção de bens.  Ao inventarem este conceito, os eco-socialistas definitivamente estão em busca de algum objetivo, embora talvez não exatamente aquele que eles imaginam.

O adjetivo "produtivista", quando aplicado à economia, parece querer caracterizar uma economia que se concentra na maximização da produção sem levar em consideração os custos dos insumos.  Quando digo "custos dos insumos", refiro-me àquilo que os economistas chamam de 'custo de oportunidade', ou seja, custos mensurados em termos do valor de todos os usos alternativos que poderiam ser dados a estes mesmos recursos. O custo de oportunidade da produção industrial inclui tanto os custos do esgotamento de recursos não-renováveis (a perda de oportunidades de se usar os mesmos recursos para outros propósitos no futuro) quanto os custos externos (por exemplo, as oportunidades perdidas de se usar ou usufruir bens danificados pela poluição).

O fato é que as empresas buscam o lucro, e elas tendem a ir atrás de toda e qualquer oportunidades de lucro. Aplaudimos quando empresários aumentam seus lucros ao melhorarem seus produtos ou quando reduzem seus custos de produção e, consequentemente, seus preços.  No entanto, os lucros também podem ser elevados por meio de lobby junto ao governo com o intuito de restringir as atividades dos concorrentes, ou por meio de lobby para a aprovação de leis que permitem a uma empresa transferir parte de seus custos de produção a terceiros, como ocorre nos casos de empresas que conseguem autorização governamental para poluir lagos, rios e até mesmo o ar.  Ayn Rand tinha uma definição precisa para os lucros oriundos destas medidas: espoliação. Poluidores são espoliadores.

Voltemos então para a crítica eco-socialista.  O que se está realmente criticando não é o capitalismo em si, mas sim o "produtivismo".  Logo, a pergunta que devemos fazer é: qual sistema, capitalismo ou socialismo, é mais suscetível a tentações produtivistas? Creio não haver dúvidas de que a resposta é o socialismo, muito embora o arranjo corporativista acima descrito também mereça ser acusado.

A primeira razão pela qual o socialismo é mais propenso a desenvolver tendências produtivistas prejudiciais ao ambiente é que os incentivos econômicos não funcionam sob uma economia socialista. Em uma sociedade genuinamente capitalista, em que há respeito à propriedade privada, não apenas as empresas poluidoras têm de pagar por eventuais danos à propriedade privada de terceiros, como também as externalidades são plenamente incorporadas aos preços de mercado.  Se o preço da gasolina na bomba refletir integralmente os custos de oportunidade da poluição e o esgotamento de recursos, então os motoristas, independentemente da sensibilidade ambiental de cada um deles, serão forçados a pensar sobre a possibilidade de dirigir menos ou até mesmo de comprar um veículo mais eficiente.

O mesmo princípio se aplica a usuários de energia industrial, sejam eles fabricantes de plásticos, agricultores, ou usinas nucleares.  Não é meu intuito subestimar a dificuldade de estipular leis que protejam devidamente os direitos de propriedade.  Porém, quando se usa o sistema de preços para combater a poluição, a medida parece funcionar.  Por exemplo, durante a década de 1990 e início de 2000, um sistema de licenças negociáveis foi implantado nos EUA com o intuito derrubar as emissões de dióxido de enxofre de usinas de energia à base carvão.  O resultado foi a redução pela metade na intensidade de chuva ácida na costa leste do país.

Já sob o socialismo, os incentivos econômicos para se combater a poluição não funcionam. Sim, estou bem a par de que há uma construção teórica chamada de "socialismo de mercado".  Sob este sistema hipotético, defendido por escritores do século XX como Oskar Lange e Abba Lerner, os gerentes das empresas de propriedade coletiva orientariam sua produção não segundo os reais preços de mercado, definidos pela oferta e demanda, mas sim de acordo com "preços-sombra", que são estipulados pelos planejadores do governo a um nível que supostamente é igual ao custo de oportunidade.

Em teoria, não haveria nenhum motivo para que os preços-sombra não pudessem incluir ajustes apropriados para os impactos ambientais.  Não é o escopo deste artigo recapitular todo o debate sobre o socialismo de mercado aqui.  O conceito já foi amplamente considerado impraticável e, até onde se sabe, não possui defensores vivos.  [O IMB possui um livro a respeito deste tema]. Creio que Ludwig von Mises já finalizou a questão ao afirmar que um sistema de mercado real está para o socialismo de mercado assim como uma ferrovia real está para um menino brincando com trenzinhos.  Logo, deixemos o imaginativo cenário do socialismo de mercado de lado e olhemos para o socialismo no mundo real.

Na União Soviética, como explicou Marshall Goldman, tanto a lei quanto a ideologia previam um nível de proteção ambiental.  Ao menos em algum pequeno grau, essa proteção foi sustentada por sanções econômicas contra os poluidores.  O problema, no entanto, era que os gestores das indústrias não apenas eram insensíveis a incentivos econômicos para a proteção do meio ambiente, como também eram insensíveis a todo e qualquer tipo de incentivo econômico.  O sistema soviético não apenas incentivava a depredação ambiental, como também era esbanjador e gerava desperdícios em todos os sentidos possíveis.  Ele desperdiçava trabalho, capital, energia, recursos naturais, cimento, aço, carvão, tratores, fertilizantes, madeira, água — desperdiçava tudo.  Por quê? Porque não havia busca pelo lucro.

O segundo motivo pelo qual o socialismo tende a ser mais "produtivista" do que um genuíno capitalismo está relacionado às atitudes sociais que surgem quando não há direitos de propriedade.  Onde há direitos de propriedade bem definidos, sempre haverá um proprietário que resistirá à transgressão, seja ela feita por pessoas a pé ou por produtos químicos nocivos jogados no ar.  Sim, é verdade que o sistema judiciário não funciona perfeitamente.  Muitas vezes, os proprietários não conseguem proteger adequadamente os seus direitos.  Mas os direitos existem.  Se não estão sendo impingidos, isso é culpa do estado, que detém o monopólio do sistema judiciário.  Adicionalmente, quando a noção de propriedade privada se torna generalizada, ocorrendo até mesmo sobre minúsculos pedaços de terra, o respeito aos direitos de propriedade de terceiros também se torna difuso — embora, infelizmente, não de forma universal.

O terceiro motivo que faz o socialismo ser mais produtivista do que o capitalismo advém da economia política.  E isso ocorre de uma forma curiosa: mesmo quando a propriedade privada acaba fornecendo uma base de poder político para vários grupos de interesse, a situação tende a se equilibrar.  Por exemplo, quando os sindicatos dos mineradores dos Apalaches e os proprietários das minas de carvão se juntaram para fazer lobby contra as restrições sobre emissões de dióxido de enxofre, o que prejudicava o ambiente, os produtores de carvão de baixo teor de enxofre dos estados do oeste americano também pressionaram no sentido oposto, chegando-se assim a algum equilíbrio.

Além disso, entidades ambientais podem utilizar os mecanismos de propriedade privada para proteger habitats críticos.  Veja ótimos exemplos práticos aqui e aqui.  Por fim, a propriedade privada dos meios de comunicação pode sustentar uma voz independente para mídias alternativas, que podem então divulgar suas causas ambientais.  Até os eco-socialistas desfrutam da proteção da propriedade privada em seus sites e suas conferências.
Já em um sistema socialista, os produtores detêm o total controle das alavancas do poder político.  Afinal, na condição de empresas estatais, eles não são apenas meros lobistas; eles são parte integrante da estrutura do governo.  Por exemplo, Marshall Goldman observou que houve protestos na União Soviética quando as fábricas de papel começaram a lançar seus resíduos no lago Baikal.  No entanto, os próprios manifestantes eram membros do governo, e normalmente era uma instituição do governo que brigava com outra — por exemplo, o Instituto Limnológico da Academia de Ciências entrava em conflito com o Ministério da Madeira, Papel e Carpintaria.   

Todo o sistema de incentivos da economia soviética, desde o Politburo até o gerente de uma fábrica local, estava focado em apenas uma coisa: alcançar as inatingíveis metas de produção do Plano Quinquenal.  O ambiente sempre era a vítima.

Por fim, vale enfatizar que a propriedade privada é uma condição necessária para a proteção do ambiente, mas não é uma condição suficiente. A lamentável história ambiental da Rússia pós-soviética é um exemplo característico.  A Rússia, em teoria, já não mais é socialista, mas sim uma economia corporativista, na qual o estado está em conluio com as grandes empresas.  Há propriedade privada, mas a economia não é genuinamente de livre mercado.  Essa variante mercantilista que substituiu o socialismo não é menos "produtivista" que o próprio socialismo.  A sociedade civil e as instituições são fracas.  Ao contrário do que ocorria no socialismo, hoje não são mais os participantes de piqueniques casuais os responsáveis pela derrubada de árvores e destruição das mudas do cinturão verde de Moscou, mas sim os oligarcas multimilionários que, com a autorização do governo, se apropriam de faixas inteiras de habitats protegidos para construir suas suntuosas casas de campo (as dachas).

O petróleo comanda, e se faz vista grossa para os derramamentos que ocorrem em terra ou no mar.  A British Petroleum, que foi fustigada pela imprensa ocidental em decorrência do episódio do Golfo do México, está se preparando para explorar petróleo entre os icebergs à deriva ao longo da costa norte da Rússia.  Os tigres siberianos são alvos constantes de tiros disparados do helicóptero de algum oligarca ou ministro do governo que decidiu praticar "esporte" no fim de semana.

Quer realmente proteger o ambiente?  Uma genuína economia de mercado — na qual os direitos de propriedade são respeitados, os transgressores são devidamente punidos, o governo não determina vencedores e perdedores e há um sistema de preços livres estimulando a alocação de recursos do modo mais eficiente possível — é um arranjo incomparável e até hoje insuperável.

Publicado no site IMB (Instituto Mises Brasil)Edwin Dolan é economista e Ph.D. pela Universidade de Yale.  De 1990 a 2001, lecionou em Moscou, onde ele e sua mulher fundaram o American Institute of Business and Economics (AIBEc), um programa de MBA independente e sem fins lucrativos.  Desde 2001, ele já lecionou em várias universidades da Europa, como Budapeste, Praga e Riga.  É autor do livro TANSTAAFL, the Economic Strategy for Environmental Crisis.
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0 A Amazon quer acabar com os supermercados

07 abril 2014 Marcadores: , ,
O Dash é uma ferramenta que mistura um leitor de códigos de barras e um microfone

Os supermercados podem estar com dias contados se for depender da empresa americana Amazon. É isso mesmo. A Amazon quer acabar com os supermercados com uma forma mais simples de fazer compras: o  Amazon DashO Dash trabalha junto com o AmazonFresh, o serviço da Amazon que vende e entrega comidas frescas. O Dash é uma ferramenta que mistura um leitor de códigos de barras e um microfone. Com ele, é possível fazer a leitura de produtos que estão acabando na casa, como leite ou frutas em caldas.

Mercado virtual da Amazon: o AmazonFresh
Ele envia automaticamente o código lido para o serviço e manda entregar os produtos desejados. De acordo com o vídeo de apresentação, a maioria das entregas chega no dia seguinte ao pedido. A única limitação do Fresh é que ele está disponível em pouquíssimos locais. San Francisco, Los Angeles e Seattle são as únicas cidades do mundo em que ele funciona.
O gadget ainda traz um microfone. Ele salva os produtos falados em uma lista do usuário na AmazonFresh. É preciso uma confirmação (e escolha da marca) posteriormente.
O Amazon Dash está sendo distribuído de graça nas três cidades onde o serviço está disponível, ainda que apenas para pessoas que tenham recebido um convite. A estratégia da Amazon é clara. O gadget pode chegar sem qualquer pagamento até a casa dos usuários, mas irá incentivá-los a fazer compras pela Amazon. Os lucros de varejo vão para a empresa logo depois, um bom negócio. [Exame]
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