•  Dicas que irão te ajudar a ter um bem estar maior no trabalho
  • Conquistando a confiança dos consumidores e conseguindo melhores margens de lucro
  • A importância de ser um chefe que seja um exemplo para sua equipe.

0 Mudanças, oportunidades e riscos

05 maio 2015 Marcadores:

Garanto a você que alguém, neste exato momento, em algum lugar neste gigantesco mundo, está pensando seriamente se é possível, de alguma forma, que o seu negócio se torne obsoleto. Ao mesmo tempo oferecendo risco a uns e oportunidades a outros.

O pessoal da Vale do Silício, da Israel, da Austrália, e outros centros tecnológicos estão obcecados em causar uma ruptura no setor bancário. Temos uma onda crescente de produtos lançados por empresas de tecnologia para substituir produtos bancários.

A lista de empresas que surgiram, desde empresas de pagamentos e até crédito pessoal é quase interminável: Credit, Karma, OnDeck, Prosper, Xoom e as já conhecidas Pay Pal e We Pay. E até no Brasil temos a Pag Seguro, Scielo e outros:

Credit, Karma, OnDeck, Prosper, Xoom e as já conhecidas Pay Pal e We Pay

O Elon Musk, talvez o CEO mais pop e comentado do mundo, hoje em dia, quer liquidar a indústria automobilística e a indústria petrolífera, fazendo carros movidos a energia elétrica. Elon foi por muito tempo, envolvido na estruturação de empresas como Paypal, SpaceX e agora a Tesla Motors.

Não só isso, a Tesla investe pesado em baterias perduráveis, que podem oferecer uma maior independência do consumidor em relação ao governo e da indústria de energia.
No setor imobiliário temos possibilidades de ruptura no longo prazo. O setor de shoppings e lojas de varejo está ameaçado pelo comércio virtual. Isso já algum tempo.

Enquanto o setor de escritórios é ameaçado por equipamentos de realidade virtual. Não é coisa para se preocupar agora, mas é para ficar atento.

E o Uber quer estragar a festa das licenças de taxistas no Brasil, e no mundo. Um risco alto para o grandes cartéis de taxistas aqui no Brasil. Bom para o consumidor que terá mais opções de escolha.

Alguns setores de indústrias em geral, já algum tempo sofrem ameaça de uma tecnologia bastante peculiar, que são as impressoras 3D, que possibilita qualquer pessoa que possui o equipamento serem capazes de imprimirem desde de pequenos utensílios domésticos, como também veículos, casas, móveis, roupas etc. Há quem diga que as impressoras 3D causaram outra grande Revolução Industrial.

Impressoras 3D imprimirem desde de pequenos utensílios
domésticos, arte e até próteses.


Já ouviram falar em Bitcoin? Em carteiras de Bitcoin? Bitcoin é uma moeda virtual que tem causado pavor entre bancos e governos. Pois simplesmente esse sistema possibilita que você seja seu próprio banco e movimente o que quiser diretamente com outras pessoas, livremente pela internet. Só tem um problema, é uma moeda que oscila muito, pode ser um investimento um pouco arriscado a longo prazo. As transações podem ser feitas diretamente entre as pessoas, ou justamente por essas empresas de pagamento como as quais já citei acima, que querem causar uma ruptura no setor bancário. 

Empresas que vendem ou que dependem de games, filmes, em mídias físicas estão com os dias contados. Milhões de pessoas preferem baixar, com comodidade, filmes pela internet através de serviços online como a Netflix. A Netflix também oferecerá canais pagos, que representa ameaça para as empresas no setor de televisão paga.

As mídias físicas de games estão ameaçadas devido a grande quantidade de compras online de jogos e ainda são ameaçadas por novas tecnologias desenvolvidas pela Sony, Microsoft, como o armazenamento em nuvem de games.
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0 Como as mudanças na sociedade e na linguagem afetam o ambiente de trabalho

30 novembro 2014 Marcadores: , ,



Onde antigamente se usava terno e gravata, agora se usa jeans e camiseta, onde se costumava ver pessoas de sapatos, hoje é comum vê-las usando tênis. Hoje em dia, muitas pessoas usam tênis até mesmo com terno social.Tudo isso são indícios de que vivemos em uma nova era, uma menos informal. Sírio Possenti expõe em seu excelente texto sobre linguística, Língua e Sociedade, em sua coluna Palavreado, no site Ciência Hoje, como o aumento da informalidade e das mudanças no ambiente da nossa sociedade pode afetar a linguagem. 


Segundo o colunista Sírio Possenti, a evolução da língua não se caracteriza apenas por um caráter corretivo. Há um pensamento de que as línguas antigas eram melhores, e as atuais mais decadentes, ou que as línguas atuais são mais aprimoradas, há opinião para tudo, mas a verdade é que a língua não é perfeita, nunca foi, e nunca chegará a ser e sempre será passível de mudanças e alterações. Alterações essas perceptíveis no decorrer da mudança de comportamento da sociedade. A única forma de conter essas modificações, para que a língua fosse conservada, seria construir uma máquina que congelasse o tempo, criando uma imagem estática, sem vida, completamente sem movimento, como uma fotografia. 

O que ajuda a sustentar essa hipótese de que a língua atual é "decadente" é que há uma ideia que em algum suposto momento da sociedade já teria existido uma língua considerada perfeita, como a anterior a língua de Babel, antiga língua grega, e assim por diante. Mas a verdade é que a sociedade está em constante mudança, não permanece estática, para acompanhar essas mudanças a língua acaba sendo transformada, de maneira espontânea e natural. Nunca existiu língua certa, língua errada, ou perfeita. 

Outro fator que também pode alterar o comportamento da sociedade pode estar diretamente ligado às transformações pelas quais o ambiente no qual a mesma vive acaba passando. Esse ambiente, o qual habita uma determinada sociedade também afeta sua linguagem. Como é o caso dos esquimós, que possuem diversas palavras em seu idioma, somente para se referirem à palavra 'neve'. 

Segundo Popper (1999:220), as funções superiores da linguagem evoluíram de modo a suprir a necessidade de melhor controle sobre duas coisas: sobre as funções inferiores da linguagem; e sobre a adaptação dos seres humanos ao ambiente, de modo a não apenas desenvolverem novos instrumentos, mas também teorias e padrões de seleção. 

Com as transformações do ambiente da sociedade, vão surgindo novas palavras, novas expressões, que não existiam antes, novos acontecimentos, que antes, não ocorriam e que passam a ocorrer e também vão transformando a linguagem. Será que os antigos egípcios falavam sobre futebol, mercado financeiro e cotações há 4 mil anos atrás? Ou será que os antigos Maias se questionavam sobre o preço do dólar, ou da data de lançamento de um novo smartphone no mercado? 


Essas transformações são mais constantes, principalmente hoje em dia pois passamos por um processo de globalização que acaba gerando um vasto compartilhamento de informações, ritos, ideias, expressões e comportamentos entre vários países do mundo. É sexta-feira, que tal deixar de lado o velho uniforme no trabalho? Agora é permitido usar a roupa de festa do fim de semana. Muitas empresas adotaram o "casual friday" ou "sexta-feira casual", sendo um dia em que as pessoas podem ir um pouco mais informais ao trabalho. 

A sociedade está mais informal, as pessoas tentam pensar mais em seu conforto, não se preocupando muito com o que os outros vão pensar. Tudo isso afeta o ambiente, e consequentemente a linguagem e a forma com que as pessoas interagem. Podemos perceber também a influência de outras línguas e comportamentos de outros povos em nossa própria cultura. O termo "casual friday" e também a ideia vieram dos EUA, país onde se fala inglês, a segunda língua mais falada do mundo. 

Todo esse processo também causou uma mudança na forma com que as pessoas interagem, muitas formas imperativas antigas deixaram de ser usadas ou ficaram esquecidas. No entanto, o fato de não serem mais usadas não significa que não se dê ordens mais. As pessoas mandam de forma diferente, não significa que a ordem e a mensagem não será entendida. 

Além disso, podemos observar o abandono da forma "senhor" e também "senhora" primeiro, dentro das famílias, depois, nos locais de trabalho. Muitas pessoas se sentem ofendidas ao serem chamadas de "senhor" ou "senhora, dizem que é coisa de "velho", preferem ser chamadas simplesmente de "você". 

Muitas formas de línguas, expressões vão surgindo, outras sendo adaptadas, a linguagem vai se adaptando ao ambiente, novas tecnologias surgem, novos conceitos, novos comportamentos e o processo de globalização vai fazendo com que a linguagem se torne cada vez mais passível de transformações e influências de outras culturas, de outros povos. 

Sírio Possenti é graduado em Filosofia pela PUC-PR, fez mestrado em linguística na Unicamp e doutorado em Linguística também na Unicamp. Atualmente é o professor titular no departamento de linguística da Unicamp, além de atuar em diversas áreas de linguística, com ênfase em teoria e analise linguística. Como escritor, escreveu várias obras: Por que (não) ensinar gramática na escola (1996); Os humores da língua (1998)A cor de outras croniquinhas de linguística (2001). E também participou de capítulos de diversas obras. 


POSSENTI, Sírio. Linguagem e Sociedade. Ciência Hoje. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/lingua-e-sociedade>. Acesso em: 11 nov. 2014.

POPPER, Karl R. Conhecimento Objetivo: Uma Abordagem Evolucionária. 
Tradução Milton Amado. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1999
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0 Livre comércio

29 novembro 2014 Marcadores: , ,

A demonstração teórica das conseqüências das tarifas protecionistas e do livre comércio é o ponto chave da economia clássica. Isso é tão claro, tão óbvio, tão indisputável, que seus oponentes foram incapazes de propor qualquer argumento contrário que não pudesse ser imediatamente refutado por ser completamente errado e absurdo.
Apesar disso, atualmente nós ainda encontramos tarifas protecionistas – na verdade, encontramos até mesmo proibições às importações – em todas as partes do mundo. Até mesmo na Inglaterra, a mãe do livre comércio, o protecionismo está hoje em ascensão. O princípio da autarquia nacional ganha novos partidários a cada dia que passa. Mesmo países com poucos milhões de habitantes, como a Hungria e a Tchecoslováquia, estão tentando, por meio de uma política de tarifas altas e de proibições às importações, se tornarem independentes do resto do mundo. A idéia básica da política do comércio exterior dos Estados Unidos é impor tarifas alfandegárias sobre todos os bens produzidos no exterior a baixo custo para compensar a diferença. O efeito dessas políticas é a interferência na divisão internacional do trabalho para, dessa maneira, reduzir de forma geral a produtividade do trabalho. A única razão pela qual esse resultado não se tornou mais perceptível é o avanço do sistema capitalista, que tem sido, até agora, suficiente para contrabalançá-lo. Entretanto, não pode haver dúvidas de que todos estariam mais ricos hoje caso as tarifas protecionistas não tivessem transferido artificialmente a produção de locais mais favoráveis para outros menos favoráveis.
Sob um sistema de comércio completamente livre, o capital e o trabalho poderiam ser empregados onde quer que as condições fossem mais favoráveis à produção. Outros locais seriam utilizados, desde que fosse possível a produção em qualquer lugar sob condições mais favoráveis. Até o ponto em que, como resultado do desenvolvimento dos meios de transporte, dos avanços na tecnologia e de uma exploração mais completa de países abertos recentemente ao comércio, se descubra a existência de locais mais favoráveis à produção do que aqueles que estavam sendo utilizados, então, a produção se transferiria para essas novas localidades. O capital e trabalho tendem a se mover de áreas onde as condições são menos favoráveis à produção para outras mais favoráveis.
Porém, a migração de capital e trabalho não pressupõe apenas a completa liberdade de mercado, mas também a ausência total de obstáculos ao seu movimento de um país a outro. Isso estava longe de ser realidade quando a doutrina clássica do livre comércio foi desenvolvida. Uma grande quantidade de obstáculos impedia o livre movimento do capital e do trabalho. Por conta do desconhecimento das condições, da insegurança generalizada em relação à lei e à ordem e de várias outras razões similares, os capitalistas relutavam em investir em países estrangeiros. Como no caso dos trabalhadores, também era impossível para os capitalistas deixarem sua terra natal, não apenas por sua ignorância em relação às línguas estrangeiras, como também por causa de dificuldades legais e religiosas, entre outras. No início do século XIX era verdade que, de certa forma, o capital e o trabalho podiam se movimentar livremente dentro dos países, mas havia obstáculos no caminho de seu movimento de um país para outro. A única justificativa para a distinção na teoria econômica entre o comércio interno e externo é baseada no fato de que internamente existe mobilidade de capital e trabalho, o que não é verdadeiro a respeito do comércio entre nações. Dessa forma, o problema que a teoria clássica tinha que solucionar pode ser formulado da seguinte maneira: quais são os efeitos do livre comércio de bens de consumo entre um país e outro, caso a mobilidade do capital e do trabalho entre ambos seja restrita?
A doutrina de Ricardo forneceu uma resposta a essa pergunta. Os ramos de produção se distribuem entre os países de forma que um deles destina seus recursos àquelas indústrias que possuem maior superioridade sobre as de outros países. Os mercantilistas temiam que um país com condições de produção desfavoráveis importaria mais do que exportaria e assim, no fim das contas, ficaria sem dinheiro algum; e exigiam a criação de tarifas protecionistas e proibições sobre importações a tempo de evitar que essa deplorável situação emergisse. A doutrina clássica mostra que esses pavores mercantilistas não têm fundamento, já que mesmo um país cujas condições de produção em cada ramo da indústria são menos favoráveis do que nos outros países, não precisa temer por exportar menos do que importa. A doutrina clássica demonstrou, de forma brilhante e indiscutível – de forma, aliás, nunca contestada – que mesmo os países com condições de produção relativamente favoráveis devem ver como uma vantagem a importação de produtos de países com condições de produção comparativamente desfavoráveis daquelas mercadorias que também produziriam muito bem, mas não tão bem quanto produzem outras mercadorias em cuja produção se especializaram.
Assim, o que a teoria clássica do livre comércio diz ao governante é que existem países com condições naturais de produção relativamente favoráveis e outros com condições relativamente desfavoráveis. Na ausência de interferência por parte dos governos, a divisão internacional do trabalho irá, por si, resultar em cada país encontrando o seu lugar na economia mundial, não importando como suas condições de produção sejam comparáveis às de outros países. Claro, os países com condições comparativamente favoráveis serão mais ricos do que outros, mas esse é um fato que não pode ser alterado por medidas políticas de qualquer espécie. Isso é simplesmente conseqüência da diferença dos fatores naturais da produção.
Era essa a situação com que se confrontava o antigo liberalismo, e a essa situação ele respondeu com a doutrina clássica do livre comércio. Porém, desde os dias de Ricardo, as condições do mundo se modificaram consideravelmente, e o problema que a doutrina do livre comércio teve de enfrentar nos sessenta anos anteriores à explosão da Guerra Mundial foi completamente diferente daquele com o qual ela se ocupou no fim do século XVIII e no início do século XIX, pois o século XIX eliminou parcialmente os obstáculos que, no começo, tinham obstruído o caminho do livre trânsito de capital e trabalho. Na segunda metade do século XIX, era muito mais fácil para um capitalista investir seu capital no exterior do que na época de Ricardo. A lei e a ordem estavam estabelecidas sobre fundações consideravelmente firmes; o conhecimento de países estrangeiros, seu estilo e costumes tinha se espalhado; e as sociedades anônimas ofereciam a possibilidade de divisão de riscos dos empreendimentos no exterior entre muitas pessoas e, dessa forma, os reduzia. Obviamente, seria um exagero se disséssemos que no começo do século XX o capital tinha tanta mobilidade para transitar de um país a outro quanto para atravessar o território de um mesmo país. Para sermos exatos, certas diferenças ainda existiam; ainda assim, a suposição de que o capital deveria permanecer dentro das fronteiras de cada país já não existia mais. E o mesmo se aplicava ao trabalho. Na segunda metade do século XIX, milhões de pessoas deixaram a Europa para buscar melhores oportunidades de emprego em outros países.
Naquele momento, as condições pressupostas pela doutrina clássica do livre comércio, a imobilidade do capital e do trabalho, não mais existiam e, da mesma forma, a distinção entre os efeitos do livre mercado no comércio interno e no comércio externo também perderam sua validade. Se o capital e o trabalho podem se mover entre um país e outro de forma tão livre quanto se movem internamente, então não há maiores justificativas para se fazer uma distinção entre os efeitos do livre mercado no comércio interno e externo. Então, o que era dito em relação ao primeiro valia também para o segundo: o resultado do livre comércio é que os locais utilizados pela produção serão apenas aqueles nos quais as condições sejam comparativamente favoráveis, enquanto aqueles nos quais as condições de produção sejam comparativamente desfavoráveis permanecerão inutilizados. O capital e o trabalho fluem de países com condições menos favoráveis de produção em direção àqueles em as condições de produção são mais favoráveis, ou mais precisamente, dos países europeus, já colonizados e altamente povoados, em direção à América e a Austrália, áreas que ofereciam condições de produção mais favoráveis.
Para as nações européias que tiveram ao seu dispor os territórios do exterior aptos à colonização por europeus, além das antigas áreas de colonização da Europa, isso não significava simplesmente que agora poderiam acomodar parte de sua população no exterior. No caso da Inglaterra, por exemplo, alguns de seus filhos agora moravam no Canadá, na Austrália e na África do Sul. Os imigrantes que deixaram a Inglaterra puderam manter a cidadania e a nacionalidade inglesa em seus novos lares. Porém, na Alemanha a questão era um pouco diferente. O alemão que imigrava para o território de um país estrangeiro estava entre os membros de uma nação estrangeira. Ele se tornava um cidadão de um Estado estrangeiro, e se esperava que após uma, duas ou até três gerações, sua ligação com o povo alemão desaparecesse e seu processo de assimilação como membro de uma nação estrangeira estivesse completo. A Alemanha pôde apenas assistir com indiferença enquanto uma parte de seu capital e de seu povo emigrava para o exterior.
Não devemos cometer o erro de supor que os problemas de política comercial que a Inglaterra e a Alemanha tiveram que enfrentar na segunda metade do século XIX fossem os mesmos. Para a Inglaterra, a questão era saber se dever-se-ia ou não permitir que uma grande quantidade de cidadãos emigrasse para seus domínios e não havia razão alguma para se atrapalhar essa imigração. Entretanto, para a Alemanha, o problema era se deveria esperar em silêncio, enquanto seus cidadãos emigravam para as colônias britânicas, para a América do Sul e para outros países, onde se esperava que esses emigrantes, com o passar do tempo, abrissem mão de sua cidadania e nacionalidade, da mesma forma que centenas de milhares, na verdade milhões, que emigraram anteriormente, tinham feito. Por não querer que isso acontecesse, o Império Alemão, que durante os anos 1860 e 1870 vinha se aproximando cada vez mais de uma política de livre comércio, mudou sua política no fim dos anos 1870 para o protecionismo, a partir da imposição de tarifas sobre a importação, buscando resguardar a agricultura e a indústria alemã contra a competição estrangeira. Sob a proteção dessas tarifas, a agricultura alemã foi capaz de suportar a competição com fazendas que cultivavam em terras melhores, no leste europeu e em outros continentes, e a indústria alemã pode formar cartéis que mantiveram o preço interno acima do mercado mundial, possibilitando o uso dos lucros, obtidos internamente através do cartel, para financiar suas vendas por um preço inferior ao de seus competidores no exterior.
Porém, o objetivo supremo da volta do protecionismo não foi realizado. Quanto mais os custos de vida e de produção cresciam na Alemanha, como conseqüência direta das tarifas protecionistas, mais difícil ficava a posição comercial do país. Certamente, foi possível para a Alemanha a realização de um grande aperfeiçoamento industrial nas primeiras três décadas da era da nova política comercial. Porém, esse aperfeiçoamento teria acontecido mesmo na ausência das tarifas protecionistas, já que ele foi, primeiramente, resultado da introdução de novos métodos nas indústrias químicas e siderúrgicas da Alemanha, o que possibilitou uma melhor utilização dos recursos naturais abundantes do país.
A política antiliberal, ao abolir o livre trânsito do trabalho no mercado internacional e restringir consideravelmente até mesmo a mobilidade do capital eliminou, de certa forma, a diferença que existia nas condições do mercado internacional entre o começo e o fim do século XIX e as reverteu àquelas que prevaleciam na época em que a doutrina do livre mercado foi formulada pela primeira vez. Mais uma vez, o capital e acima de tudo o trabalho tiveram seu movimento impedido. Sob as condições hoje existentes, o livre comércio de bens de consumo não despertaria nenhum movimento migratório. Mais uma vez, ele resultaria em uma situação na qual os indivíduos do mundo se ocupariam daqueles ramos e modelos de produção em que encontrassem condições relativamente mais favoráveis em seus próprios países.
Porém, quaisquer que sejam os pré-requisitos para o desenvolvimento do comércio internacional, as tarifas protecionistas só servem para uma coisa: para evitar que a produção aconteça onde as condições naturais e sociais lhe são mais favoráveis e fazer com que ela aconteça onde as condições lhe são menos favoráveis. Dessa forma, o resultado do protecionismo é sempre a redução da produtividade do capital humano. O defensor do livre mercado está longe de negar que o mal que as nações do mundo desejam combater por meio de uma política protecionista seja realmente um mal. O que defende é que os meios recomendados pelos imperialistas e protecionistas não podem eliminar esse mal. Ele propõe um jeito diferente. Uma das características da atual situação internacional que o liberal deseja modificar para podermos criar as condições indispensáveis para uma paz duradoura é a questão dos imigrantes de países como a Alemanha e a Itália, criados como enteados na divisão do mundo, que devem viver em áreas onde, por conta da adoção de políticas antiliberais, são condenados a perder a sua própria nacionalidade.


Ludwig von Mises (1881 - 1973) foi um economista e o principal pensador da escola austríaca de economia. Extraído do livro "Liberalismo segundo a tradição clássica".

Clique aqui para ler o original em inglês.
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0 Planejamento Estratégico

24 setembro 2014 Marcadores: , ,


1 INTRODUÇÃO

O planejamento estratégico se tornou bastante frequente em todos os tipos de organização. O Planejamento Estratégico é importante para empresas que de procuram preparar-se para enfrentar ameaças e aproveitar todas as oportunidades que vierem a surgir. A administração estratégica envolve todos os colaboradores da organização, depende de uma série de considerações, as ameaças e oportunidades do ambiente externo e a avaliação dos pontos fortes e fracos devem ser feitas cuidadosamente, com o objetivo de determinar a estratégia ideal para cada situação para que esta seja favorável aos interesses da organização. Por essa razão é essencial que o planejamento tenha uma visão ampla.

2 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O Planejamento estratégico surge nos anos 60 quando as forças que atuam no mercado se tornam cada vez mais imprevisíveis e inesperadas, forçando as organizações a buscarem novas formas de planejamento e gestão que lhes permitissem posicionar-se melhor num mercado cada vez mais competitivo. A essência do planejamento estratégico é produzir as estratégias necessárias para permitir à organização navegar, com sucesso, em mares de águas turbulentas, ventos fortes, enfrentando tempestades e tormentas.

O planejamento estratégico busca também dar um senso de direção à empresa, identificando objetivos, táticas e metas que permitisse a empresa mensurar o seu desempenho na intenção de alcançar o objetivo final proposto.

O planejamento estratégico é de forma geral entendido como um processo no qual a instituição determina seu futuro desejado e as formas efetivas de fazê-lo acontecer. (ANSOFF; MCDONNELL, 1993).

O planejamento estratégico e uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de interação com o ambiente. (KOTLER, 1975). No entanto para Mintzberg (1989) o planejamento estratégico não é uma ferramenta para se criar estratégias, mas para operacionalizar estratégias que já foram criadas por outros meios.

4 BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo Pinho e Oliveira (2012) o Planejamento Estratégico está relacionado aos seguintes benefícios:


  • Tendência a aumentar os lucros;
  • Permite que os administradores tenham uma visão clara do negócio;
  • Facilita a exploração e identificação de futuras oportunidades de mercado;
  • Melhora a canalização dos esforços para a realização de objetivos;
  • Encoraja o “pensamento positivo” por parte do pessoal;
  • O administrador consegue analisar se suas ações estão em sintonia com a missão e visão da empresa;
  • Estimula cooperação para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades.


5 OS NÍVEIS DE PLANEJAMENTO

Segundo Pinho e Oliveira (2012), na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se se distinguir três tipos de planejamento:

5.1 Nível Estratégico 

Este é o nível onde são criados os fundamentos estratégicos da organização (como missão, visão, valores, crenças) e são traçados os objetivos estratégicos a curto, médio e longo prazo. A metáfora do maestro é excelente para descrever a principal atribuição das pessoas que possuem funções neste nível, a de reger toda a orquestra para a consecução de seus objetivos previamente traçados e de acordo com os interesses dos acionistas/sócios. Sua principal ferramenta é o planejamento estratégico e visão sistêmica e de futuro são competências essências para sua boa gestão.

5.2 Nível Tático

Neste nível, entra a figura dos gerentes, coordenadores, supervisores e demais funções. Este nível tem como objetivo principal o desdobramento da estratégia, ou seja, de como será realizado o caminho para a consecução dos objetivos estratégicos (já estabelecidos no nível acima), utilizando de forma eficiente (cumprindo os processos) e eficaz (atingindo os objetivos), desdobrando-os em metas específicas para suas áreas e liderados. Aqui, a palavra administrador é mais adequada. De acordo com cada função que o colaborador exerce, ele será o administrador (e responsável) de uma área, equipe, projeto, etc.

5.3 Nível Operacional

Para cumprir a estratégia traçada (desdobrando-a) e alcançar os objetivos almejados, é necessário que pessoas "coloquem a mão na massa", ou seja, cumpram de forma eficiente e eficaz cada uma das atividades que lhes for atribuída. É interessante pensarmos na figura de uma pirâmide para representar esta estrutura, bem como sua hierarquia, seus principais questionamentos, ferramentas e figuras (papeis, funções) para cada um dos níveis.

6 AS ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo o SEBRAE (2014) um dos fatores de sucesso das empresas é possuir um bom planejamento. Nós planejamos diariamente, planejamos nossas atividades, nossas finanças, até a nossa vida pessoal e familiar. Portanto, podemos dizer que planejar é decidir antecipadamente o que fazer, como fazer, quando fazer e com que recursos.

6.1 Etapa 1: Definir a Missão e a Visão do Negócio

6.1.1 Missão

Missão Organizacional é uma declaração da razão pela qual a organização existe. Em geral a missão apresenta as informações como os tipos de produtos ou serviços que ela oferece, quem são seus clientes e que valores importantes possui. (CERTO, Samuel C, 2010).

6.1.2 Visão

É a direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Deve refletir as aspirações da empresa e suas crenças.

6.2 Etapa 2: Analisar o ambiente

Uma vez declarada a visão e missão da empresa é preciso analisar tantos as forças macroambientais e as forças microambientais. Para analisar os ambientes das organizações, detectar pontos fortes e pontos fracos. Para isso, se pode fazer uso da Matriz Swot.

Oportunidades: as oportunidades são Aspectos positivos da envolvente com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa.

Ameaças: as ameaças são aspectos negativos da envolvente com potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa.

Fraquezas: as fraquezas Desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.

Fortalezas: as fortalezas são vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.

6.3 Etapa 3: Definir Metas e Objetivos

Após analisar os ambientes, identificar suas fortalezas, suas fraquezas, as ameaças e as oportunidades, precisa-se agora, definir objetivos e metas.

Um objetivo organizacional é uma meta para qual a organização direciona seus esforços. (CERTO, 2010). Ainda segundo Certo (2010), em geral concordamos que as organizações possuem dois tipos de objetivos: os de curto e os de médio prazo. Os objetivos de curto prazo são aqueles realizáveis em até 2 anos os de longo prazo, mais de 2 anos.

6.3.1 Diferença entre Metas e Objetivos

Segundo o professor Costa ( 2007) as diferenças entre objetivos e metas são:


  • Objetivos: são valores quantitativos ou qualitativos a serem mantidos em um dado período.

Ex: “manter índice de satisfação dos clientes acima de 95% nas medições semestrais”.


  • Metas: são valores quantitativos ou qualitativos a serem atingidos em certo momento futuro preestabelecido.

Ex: “aumentar o índice de satisfação dos clientes para 99% até 2014.”

6.4. Etapa 4: Definir Estratégias

Porter (1980) identificou três estratégias genéricas que podem ser usadas separadamente ou em conjunto para criar uma posição sustentável a longo prazo, que são:

Estratégia de Custos: é estratégia a qual a empresa concentra seus esforços na busca de eficiência da produção, na ampliação da produção e na minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, e tem no preço um dos principais atrativos para o consumidor.

Estratégia de Foco: essa estratégia significa escolher um alvo restrito, em que a organização atende necessidades específicas de um determinado nicho, dessa forma, a empresa pode oferecer algo considerado único pelos seus clientes.

Estratégia de Diferenciação: essa estratégia faz com que a empresa invista mais pesado em imagem, tecnologia, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado e qualidade, com a finalidade de criar diferenciais para o consumidor.

6.5 Etapa 5: Monitoramento e Controle


  • Bateman (2000) define as atividades específicas de controle, que incluem:
  • Estabelecer padrões de desempenho que indiquem o progresso rumo aos objetivos de longo prazo;
  • Monitorar o desempenho de pessoas e unidades pela coleta de dados de seu desempenho;
  • Fornecer feedback às pessoas, sobre seu progresso e desempenho;
  • Identificar problemas através da comparação entre dados de desempenho e os padrões estabelecidos;
  • E, por último, executar ações para corrigir problemas.



7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Planejamento Estratégico basicamente tenta orientar as organizações em questões como o que seria a empresa, onde estaria sua organização e sua atual situação, em que rumo seguirá a organização, como a mesma chegará “lá” e se está no caminho certo.
Enfim, o Planejamento Estratégico ajuda as organizações a utilizarem da melhor forma seus recursos, sabendo identificar ameaças e oportunidades escolher as melhores estratégias para agirem da melhor forma para atingir suas metas e objetivos e alcançarem uma posição no mercado de forma coerente e objetiva.


REFERÊNCIAS

Portal SEBRAE Paraná – Planejamento estratégico. Disponível em: http://www.sebraepr.com.br/PortalInternet/Destaques/Melhorando-minha-empresa/Planejamento-estrat%C3%A9gico

ANSOFF, H. I., McDONNELL E. J. Implantando a administração estratégica. 2ªedição. Trad. Antônio Zorato Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1993.

KOTLER, P. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo. Editora Atlas, 1975.

ANSOFF, H. I. Do Planejamento estratégico a administração estratégica. São Paulo. Editora Atlas, 1990.

CERTO, S. C.; PETER, J. P., MARCONDES, R. C.; CESAR, A. M. R. Administração estratégica: planejamento e implantação de estratégias. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

COSTA, E. A., Gestão estratégica, Da empresa que temos para a empresa que queremos. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2007.


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0 Corporativismo não tem nada a ver com Livre Mercado

23 setembro 2014 Marcadores: , ,
Muitas pessoas pensam, de maneira equivocada, que grandes empresas e seus capitães são defensores da economia liberal. "Sabe de nada, inocente..." Eles são os primeiros a recorrer ao Estado; e têm todas as facilidades do mundo para fazê-lo. 

O corporativismo não tem nada a ver com o livre mercado: é um mecanismo, onde alguns empresários formam um cartel, legitimado e protegido pelo governo, sendo que o principal objetivo é criar um oligopólio e barrar a entrada de potenciais concorrentes e também muitas vezes para criar lobby para políticos. Ambos se beneficiam com isso. É um "sistema de compadres", é anticapitalismo e anti livre comércio na raiz.


O Brasil, segundo o Ranking de Liberdade Econômica da Heritage Fundation, é um dos países com a economia mais fechada e regulamentada do mundo, tanto entre os países desenvolvidos, como também entre os próprios países subdesenvolvidos, estando na 114º posição. Para se ter uma ideia, o Chile que é considerado o país mais desenvolvido da América Latina, cotado para ter seu status alterado para "país desenvolvido" está em 7º lugar. Notou a diferença?
Se tem uma coisa que alguns empresário brasileiros gostam é sair da "guerra" do livre mercado e se protegerem debaixo das saias do governo, ambiente muito mais calmo. As opções são várias: formar um cartel legal, ganhar um monopólio, assegurar uma verba, um crédito subsidiado, prestar serviços ao Estado, veicular publicidade estatal, formar comitês para regular o setor, proibir a concorrência, fechar as fronteiras ao produto estrangeiro, passar políticas de preço mínimo, ser salvo da falência no último minuto, e tantas outras quanto a imaginação dos políticos permitir. E lembre-se: ambos se beneficiam com isso.
Em nosso país, uma das formas que as grandes empresas se blindam do mercado é o BNDES. Ele empresta largas somas a juros subsidiados, visando objetivos políticos do governo. A diferença entre os juros do mercado e os juros cobrados pelo BNDES são uma transferência de renda direta para as empresas fazerem o que quiserem – aplicar o dinheiro e ganhar juros maiores, por exemplo. No ano passado, foram mais de R$ 500 bilhões em empréstimos. E não vá você pensando que o BNDES possa ajudar a todas as empresas. 
Crédito: Mercado Popular

Em outros casos, grandes empresas recebem o direito de monopólio ou de cartel. É o que ocorre com a telefonia, com companhias de luz, com os ônibus numa cidade como São Paulo. O setor é cartelizado por determinação estatal. O resultado são empresas de que prestam serviços caros, de baixa qualidade e que ainda recebem R$ 1,6 bilhões todo ano do governo. Haja capitalismo!
Essas formas diretas de ajuda estatal chamam a atenção. Mas o favorecimento dos grandes se dá também de maneiras indiretas, talvez mais nocivas, via impostos e regulamentações. A mesma alíquota de imposto que incide sobre os lucros de uma grande corporação, tirando-lhe parte de seu resultado, inviabiliza a continuidade de um pequeno negócio que consegue taxas de retorno menores.
Toda regulamentação ou imposto traz custos fixos. Gastos jurídicos, contábeis, de auditoria, que uma grande empresa dilui no seu enorme faturamento. Para uma gigante do setor alimentício, a assinatura de um ou vários nutricionistas de plantão sai barato. Também sai barato aplicar regras da Vigilância Sanitária para mais uma cozinha padronizada de McDonald’s; para um pequena lanchonete, as mesmas exigências são proibitivas.
É por isso que, quando o assunto for regulamentação, as grandes sempre estarão do lado do governo. E sempre terão a mesma bela das intenções: garantir a qualidade do serviço e a segurança do consumidor. Elas sabem que o custo extra, se existir (às vezes não existe porque é a própria prática delas que é universalizada aos demais), será compensado com o mercado cada vez mais padronizado e centralizado em suas mãos. Um mercado em que o consumidor não pode escolher a relação risco/retorno que melhor se adéqua a suas possibilidades.
Quando a cidade de São Paulo ameaçou proibir (numa malfadada lei que não pegou) a sacolinha de plástico nos supermercados, as grandes redes foram as primeiras a entrar na onda da sustentabilidade e oferecer lindas sacolas de pano, para eles um custo ridículo e já parte de uma jogada de marketing. Sentia-se o orgulho no ar ao oferecerem os sacolões de pano personalizados. Já os mercadinhos de esquina não ficaram tão felizes.
Das duas farmácias em qual delas é mais comum encontrar um fiscal assediando o estabelecimento com ameaças de multa:em uma grande rede de farmácias – que deve ter tudo padronizado já na mesa dos arquitetos e dos advogados – ou a farmácia de bairro cuja dona, que trabalha no balcão, provavelmente não tem uma equipe jurídica e nem tempo para conhecer e seguir as infinitas regras?
Com leis trabalhistas é a mesma coisa. Os custos fixos são diluídos na folha de pagamento extensa das corporações, que contam ainda com setores jurídicos e de RH para minimizar perdas e alongar os processos. Fora que seus ganhos de escala permitem gastar a mais por funcionário do que o negócio pequeno que, a bem da verdade, depende de diversos prestadores de serviço informais, e que se sofrer alguns poucos processos trabalhistas já ficará no vermelho.
Pra completar, o mero fato de ser grande concede às empresas espaço de manobra perante a Justiça estatal. Os passivos trabalhistas bilionários de grandes empresas e bancos no Brasil estendem-se por anos a fio, acumulando dívidas impagáveis. Mas como o governo não é burro, e não quer promover descontentamento social à toa, e gosta de ter aliados grandes e fieis, com uma ameaça na manga, o passivo continua ali. Passivos trabalhistas bem menores em pequenas empresas já apresentam custos legais inviáveis.

O fracassado Eike Batista em reunião com os seus "padrinhos"

A grande empresa “não pode” quebrar (por que não?); a pequena pode. Megaempresários e governantes convivem num amistoso cabo de guerra. Trocam ameaças e presentes, trocam lobby, financiamentos e projetos de lei, dão e retiram apoio conforme convém. Cada parte puxa do seu lado, mas nenhuma quer que a outra solte a corda. E a corda é você. No final, se uma megacorporação fracassa e deixa dívidas bilionárias, quem paga a conta? O Presidente, os deputados, os senadores? Não. No fim quem paga a conta são os pagadores de impostos.

E o Estado, o que ele ganha? Mais poder sobre a sociedade, mais previsibilidade, menos dificuldade para monitorar, medir e taxar tudo o que acontece. A garantia de que tudo o que você consome e todas as suas oportunidades de trabalho estão devidamente pensadas e dadas de antemão, e que o projeto de poder de quem está no topo conta com parceiros determinados a quem é possível coagir. Se algo fugisse do esquema, então as pessoas tomariam decisões por conta própria e suas escolhas nem sempre beneficiariam quem já está no topo. E eles não podem permitir que isso ocorra, não é? Eles querem o controle da economia, das industrias, dos carteias legitimados, da sociedade, etc, e etc.

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21 setembro 2014 Marcadores: , ,

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