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0 Como as mudanças na sociedade e na linguagem afetam o ambiente de trabalho

30 novembro 2014 Marcadores: , ,



Onde antigamente se usava terno e gravata, agora se usa jeans e camiseta, onde se costumava ver pessoas de sapatos, hoje é comum vê-las usando tênis. Hoje em dia, muitas pessoas usam tênis até mesmo com terno social.Tudo isso são indícios de que vivemos em uma nova era, uma menos informal. Sírio Possenti expõe em seu excelente texto sobre linguística, Língua e Sociedade, em sua coluna Palavreado, no site Ciência Hoje, como o aumento da informalidade e das mudanças no ambiente da nossa sociedade pode afetar a linguagem. 


Segundo o colunista Sírio Possenti, a evolução da língua não se caracteriza apenas por um caráter corretivo. Há um pensamento de que as línguas antigas eram melhores, e as atuais mais decadentes, ou que as línguas atuais são mais aprimoradas, há opinião para tudo, mas a verdade é que a língua não é perfeita, nunca foi, e nunca chegará a ser e sempre será passível de mudanças e alterações. Alterações essas perceptíveis no decorrer da mudança de comportamento da sociedade. A única forma de conter essas modificações, para que a língua fosse conservada, seria construir uma máquina que congelasse o tempo, criando uma imagem estática, sem vida, completamente sem movimento, como uma fotografia. 

O que ajuda a sustentar essa hipótese de que a língua atual é "decadente" é que há uma ideia que em algum suposto momento da sociedade já teria existido uma língua considerada perfeita, como a anterior a língua de Babel, antiga língua grega, e assim por diante. Mas a verdade é que a sociedade está em constante mudança, não permanece estática, para acompanhar essas mudanças a língua acaba sendo transformada, de maneira espontânea e natural. Nunca existiu língua certa, língua errada, ou perfeita. 

Outro fator que também pode alterar o comportamento da sociedade pode estar diretamente ligado às transformações pelas quais o ambiente no qual a mesma vive acaba passando. Esse ambiente, o qual habita uma determinada sociedade também afeta sua linguagem. Como é o caso dos esquimós, que possuem diversas palavras em seu idioma, somente para se referirem à palavra 'neve'. 

Segundo Popper (1999:220), as funções superiores da linguagem evoluíram de modo a suprir a necessidade de melhor controle sobre duas coisas: sobre as funções inferiores da linguagem; e sobre a adaptação dos seres humanos ao ambiente, de modo a não apenas desenvolverem novos instrumentos, mas também teorias e padrões de seleção. 

Com as transformações do ambiente da sociedade, vão surgindo novas palavras, novas expressões, que não existiam antes, novos acontecimentos, que antes, não ocorriam e que passam a ocorrer e também vão transformando a linguagem. Será que os antigos egípcios falavam sobre futebol, mercado financeiro e cotações há 4 mil anos atrás? Ou será que os antigos Maias se questionavam sobre o preço do dólar, ou da data de lançamento de um novo smartphone no mercado? 


Essas transformações são mais constantes, principalmente hoje em dia pois passamos por um processo de globalização que acaba gerando um vasto compartilhamento de informações, ritos, ideias, expressões e comportamentos entre vários países do mundo. É sexta-feira, que tal deixar de lado o velho uniforme no trabalho? Agora é permitido usar a roupa de festa do fim de semana. Muitas empresas adotaram o "casual friday" ou "sexta-feira casual", sendo um dia em que as pessoas podem ir um pouco mais informais ao trabalho. 

A sociedade está mais informal, as pessoas tentam pensar mais em seu conforto, não se preocupando muito com o que os outros vão pensar. Tudo isso afeta o ambiente, e consequentemente a linguagem e a forma com que as pessoas interagem. Podemos perceber também a influência de outras línguas e comportamentos de outros povos em nossa própria cultura. O termo "casual friday" e também a ideia vieram dos EUA, país onde se fala inglês, a segunda língua mais falada do mundo. 

Todo esse processo também causou uma mudança na forma com que as pessoas interagem, muitas formas imperativas antigas deixaram de ser usadas ou ficaram esquecidas. No entanto, o fato de não serem mais usadas não significa que não se dê ordens mais. As pessoas mandam de forma diferente, não significa que a ordem e a mensagem não será entendida. 

Além disso, podemos observar o abandono da forma "senhor" e também "senhora" primeiro, dentro das famílias, depois, nos locais de trabalho. Muitas pessoas se sentem ofendidas ao serem chamadas de "senhor" ou "senhora, dizem que é coisa de "velho", preferem ser chamadas simplesmente de "você". 

Muitas formas de línguas, expressões vão surgindo, outras sendo adaptadas, a linguagem vai se adaptando ao ambiente, novas tecnologias surgem, novos conceitos, novos comportamentos e o processo de globalização vai fazendo com que a linguagem se torne cada vez mais passível de transformações e influências de outras culturas, de outros povos. 

Sírio Possenti é graduado em Filosofia pela PUC-PR, fez mestrado em linguística na Unicamp e doutorado em Linguística também na Unicamp. Atualmente é o professor titular no departamento de linguística da Unicamp, além de atuar em diversas áreas de linguística, com ênfase em teoria e analise linguística. Como escritor, escreveu várias obras: Por que (não) ensinar gramática na escola (1996); Os humores da língua (1998)A cor de outras croniquinhas de linguística (2001). E também participou de capítulos de diversas obras. 


POSSENTI, Sírio. Linguagem e Sociedade. Ciência Hoje. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/lingua-e-sociedade>. Acesso em: 11 nov. 2014.

POPPER, Karl R. Conhecimento Objetivo: Uma Abordagem Evolucionária. 
Tradução Milton Amado. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1999
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0 Livre comércio

29 novembro 2014 Marcadores: , ,

A demonstração teórica das conseqüências das tarifas protecionistas e do livre comércio é o ponto chave da economia clássica. Isso é tão claro, tão óbvio, tão indisputável, que seus oponentes foram incapazes de propor qualquer argumento contrário que não pudesse ser imediatamente refutado por ser completamente errado e absurdo.
Apesar disso, atualmente nós ainda encontramos tarifas protecionistas – na verdade, encontramos até mesmo proibições às importações – em todas as partes do mundo. Até mesmo na Inglaterra, a mãe do livre comércio, o protecionismo está hoje em ascensão. O princípio da autarquia nacional ganha novos partidários a cada dia que passa. Mesmo países com poucos milhões de habitantes, como a Hungria e a Tchecoslováquia, estão tentando, por meio de uma política de tarifas altas e de proibições às importações, se tornarem independentes do resto do mundo. A idéia básica da política do comércio exterior dos Estados Unidos é impor tarifas alfandegárias sobre todos os bens produzidos no exterior a baixo custo para compensar a diferença. O efeito dessas políticas é a interferência na divisão internacional do trabalho para, dessa maneira, reduzir de forma geral a produtividade do trabalho. A única razão pela qual esse resultado não se tornou mais perceptível é o avanço do sistema capitalista, que tem sido, até agora, suficiente para contrabalançá-lo. Entretanto, não pode haver dúvidas de que todos estariam mais ricos hoje caso as tarifas protecionistas não tivessem transferido artificialmente a produção de locais mais favoráveis para outros menos favoráveis.
Sob um sistema de comércio completamente livre, o capital e o trabalho poderiam ser empregados onde quer que as condições fossem mais favoráveis à produção. Outros locais seriam utilizados, desde que fosse possível a produção em qualquer lugar sob condições mais favoráveis. Até o ponto em que, como resultado do desenvolvimento dos meios de transporte, dos avanços na tecnologia e de uma exploração mais completa de países abertos recentemente ao comércio, se descubra a existência de locais mais favoráveis à produção do que aqueles que estavam sendo utilizados, então, a produção se transferiria para essas novas localidades. O capital e trabalho tendem a se mover de áreas onde as condições são menos favoráveis à produção para outras mais favoráveis.
Porém, a migração de capital e trabalho não pressupõe apenas a completa liberdade de mercado, mas também a ausência total de obstáculos ao seu movimento de um país a outro. Isso estava longe de ser realidade quando a doutrina clássica do livre comércio foi desenvolvida. Uma grande quantidade de obstáculos impedia o livre movimento do capital e do trabalho. Por conta do desconhecimento das condições, da insegurança generalizada em relação à lei e à ordem e de várias outras razões similares, os capitalistas relutavam em investir em países estrangeiros. Como no caso dos trabalhadores, também era impossível para os capitalistas deixarem sua terra natal, não apenas por sua ignorância em relação às línguas estrangeiras, como também por causa de dificuldades legais e religiosas, entre outras. No início do século XIX era verdade que, de certa forma, o capital e o trabalho podiam se movimentar livremente dentro dos países, mas havia obstáculos no caminho de seu movimento de um país para outro. A única justificativa para a distinção na teoria econômica entre o comércio interno e externo é baseada no fato de que internamente existe mobilidade de capital e trabalho, o que não é verdadeiro a respeito do comércio entre nações. Dessa forma, o problema que a teoria clássica tinha que solucionar pode ser formulado da seguinte maneira: quais são os efeitos do livre comércio de bens de consumo entre um país e outro, caso a mobilidade do capital e do trabalho entre ambos seja restrita?
A doutrina de Ricardo forneceu uma resposta a essa pergunta. Os ramos de produção se distribuem entre os países de forma que um deles destina seus recursos àquelas indústrias que possuem maior superioridade sobre as de outros países. Os mercantilistas temiam que um país com condições de produção desfavoráveis importaria mais do que exportaria e assim, no fim das contas, ficaria sem dinheiro algum; e exigiam a criação de tarifas protecionistas e proibições sobre importações a tempo de evitar que essa deplorável situação emergisse. A doutrina clássica mostra que esses pavores mercantilistas não têm fundamento, já que mesmo um país cujas condições de produção em cada ramo da indústria são menos favoráveis do que nos outros países, não precisa temer por exportar menos do que importa. A doutrina clássica demonstrou, de forma brilhante e indiscutível – de forma, aliás, nunca contestada – que mesmo os países com condições de produção relativamente favoráveis devem ver como uma vantagem a importação de produtos de países com condições de produção comparativamente desfavoráveis daquelas mercadorias que também produziriam muito bem, mas não tão bem quanto produzem outras mercadorias em cuja produção se especializaram.
Assim, o que a teoria clássica do livre comércio diz ao governante é que existem países com condições naturais de produção relativamente favoráveis e outros com condições relativamente desfavoráveis. Na ausência de interferência por parte dos governos, a divisão internacional do trabalho irá, por si, resultar em cada país encontrando o seu lugar na economia mundial, não importando como suas condições de produção sejam comparáveis às de outros países. Claro, os países com condições comparativamente favoráveis serão mais ricos do que outros, mas esse é um fato que não pode ser alterado por medidas políticas de qualquer espécie. Isso é simplesmente conseqüência da diferença dos fatores naturais da produção.
Era essa a situação com que se confrontava o antigo liberalismo, e a essa situação ele respondeu com a doutrina clássica do livre comércio. Porém, desde os dias de Ricardo, as condições do mundo se modificaram consideravelmente, e o problema que a doutrina do livre comércio teve de enfrentar nos sessenta anos anteriores à explosão da Guerra Mundial foi completamente diferente daquele com o qual ela se ocupou no fim do século XVIII e no início do século XIX, pois o século XIX eliminou parcialmente os obstáculos que, no começo, tinham obstruído o caminho do livre trânsito de capital e trabalho. Na segunda metade do século XIX, era muito mais fácil para um capitalista investir seu capital no exterior do que na época de Ricardo. A lei e a ordem estavam estabelecidas sobre fundações consideravelmente firmes; o conhecimento de países estrangeiros, seu estilo e costumes tinha se espalhado; e as sociedades anônimas ofereciam a possibilidade de divisão de riscos dos empreendimentos no exterior entre muitas pessoas e, dessa forma, os reduzia. Obviamente, seria um exagero se disséssemos que no começo do século XX o capital tinha tanta mobilidade para transitar de um país a outro quanto para atravessar o território de um mesmo país. Para sermos exatos, certas diferenças ainda existiam; ainda assim, a suposição de que o capital deveria permanecer dentro das fronteiras de cada país já não existia mais. E o mesmo se aplicava ao trabalho. Na segunda metade do século XIX, milhões de pessoas deixaram a Europa para buscar melhores oportunidades de emprego em outros países.
Naquele momento, as condições pressupostas pela doutrina clássica do livre comércio, a imobilidade do capital e do trabalho, não mais existiam e, da mesma forma, a distinção entre os efeitos do livre mercado no comércio interno e no comércio externo também perderam sua validade. Se o capital e o trabalho podem se mover entre um país e outro de forma tão livre quanto se movem internamente, então não há maiores justificativas para se fazer uma distinção entre os efeitos do livre mercado no comércio interno e externo. Então, o que era dito em relação ao primeiro valia também para o segundo: o resultado do livre comércio é que os locais utilizados pela produção serão apenas aqueles nos quais as condições sejam comparativamente favoráveis, enquanto aqueles nos quais as condições de produção sejam comparativamente desfavoráveis permanecerão inutilizados. O capital e o trabalho fluem de países com condições menos favoráveis de produção em direção àqueles em as condições de produção são mais favoráveis, ou mais precisamente, dos países europeus, já colonizados e altamente povoados, em direção à América e a Austrália, áreas que ofereciam condições de produção mais favoráveis.
Para as nações européias que tiveram ao seu dispor os territórios do exterior aptos à colonização por europeus, além das antigas áreas de colonização da Europa, isso não significava simplesmente que agora poderiam acomodar parte de sua população no exterior. No caso da Inglaterra, por exemplo, alguns de seus filhos agora moravam no Canadá, na Austrália e na África do Sul. Os imigrantes que deixaram a Inglaterra puderam manter a cidadania e a nacionalidade inglesa em seus novos lares. Porém, na Alemanha a questão era um pouco diferente. O alemão que imigrava para o território de um país estrangeiro estava entre os membros de uma nação estrangeira. Ele se tornava um cidadão de um Estado estrangeiro, e se esperava que após uma, duas ou até três gerações, sua ligação com o povo alemão desaparecesse e seu processo de assimilação como membro de uma nação estrangeira estivesse completo. A Alemanha pôde apenas assistir com indiferença enquanto uma parte de seu capital e de seu povo emigrava para o exterior.
Não devemos cometer o erro de supor que os problemas de política comercial que a Inglaterra e a Alemanha tiveram que enfrentar na segunda metade do século XIX fossem os mesmos. Para a Inglaterra, a questão era saber se dever-se-ia ou não permitir que uma grande quantidade de cidadãos emigrasse para seus domínios e não havia razão alguma para se atrapalhar essa imigração. Entretanto, para a Alemanha, o problema era se deveria esperar em silêncio, enquanto seus cidadãos emigravam para as colônias britânicas, para a América do Sul e para outros países, onde se esperava que esses emigrantes, com o passar do tempo, abrissem mão de sua cidadania e nacionalidade, da mesma forma que centenas de milhares, na verdade milhões, que emigraram anteriormente, tinham feito. Por não querer que isso acontecesse, o Império Alemão, que durante os anos 1860 e 1870 vinha se aproximando cada vez mais de uma política de livre comércio, mudou sua política no fim dos anos 1870 para o protecionismo, a partir da imposição de tarifas sobre a importação, buscando resguardar a agricultura e a indústria alemã contra a competição estrangeira. Sob a proteção dessas tarifas, a agricultura alemã foi capaz de suportar a competição com fazendas que cultivavam em terras melhores, no leste europeu e em outros continentes, e a indústria alemã pode formar cartéis que mantiveram o preço interno acima do mercado mundial, possibilitando o uso dos lucros, obtidos internamente através do cartel, para financiar suas vendas por um preço inferior ao de seus competidores no exterior.
Porém, o objetivo supremo da volta do protecionismo não foi realizado. Quanto mais os custos de vida e de produção cresciam na Alemanha, como conseqüência direta das tarifas protecionistas, mais difícil ficava a posição comercial do país. Certamente, foi possível para a Alemanha a realização de um grande aperfeiçoamento industrial nas primeiras três décadas da era da nova política comercial. Porém, esse aperfeiçoamento teria acontecido mesmo na ausência das tarifas protecionistas, já que ele foi, primeiramente, resultado da introdução de novos métodos nas indústrias químicas e siderúrgicas da Alemanha, o que possibilitou uma melhor utilização dos recursos naturais abundantes do país.
A política antiliberal, ao abolir o livre trânsito do trabalho no mercado internacional e restringir consideravelmente até mesmo a mobilidade do capital eliminou, de certa forma, a diferença que existia nas condições do mercado internacional entre o começo e o fim do século XIX e as reverteu àquelas que prevaleciam na época em que a doutrina do livre mercado foi formulada pela primeira vez. Mais uma vez, o capital e acima de tudo o trabalho tiveram seu movimento impedido. Sob as condições hoje existentes, o livre comércio de bens de consumo não despertaria nenhum movimento migratório. Mais uma vez, ele resultaria em uma situação na qual os indivíduos do mundo se ocupariam daqueles ramos e modelos de produção em que encontrassem condições relativamente mais favoráveis em seus próprios países.
Porém, quaisquer que sejam os pré-requisitos para o desenvolvimento do comércio internacional, as tarifas protecionistas só servem para uma coisa: para evitar que a produção aconteça onde as condições naturais e sociais lhe são mais favoráveis e fazer com que ela aconteça onde as condições lhe são menos favoráveis. Dessa forma, o resultado do protecionismo é sempre a redução da produtividade do capital humano. O defensor do livre mercado está longe de negar que o mal que as nações do mundo desejam combater por meio de uma política protecionista seja realmente um mal. O que defende é que os meios recomendados pelos imperialistas e protecionistas não podem eliminar esse mal. Ele propõe um jeito diferente. Uma das características da atual situação internacional que o liberal deseja modificar para podermos criar as condições indispensáveis para uma paz duradoura é a questão dos imigrantes de países como a Alemanha e a Itália, criados como enteados na divisão do mundo, que devem viver em áreas onde, por conta da adoção de políticas antiliberais, são condenados a perder a sua própria nacionalidade.


Ludwig von Mises (1881 - 1973) foi um economista e o principal pensador da escola austríaca de economia. Extraído do livro "Liberalismo segundo a tradição clássica".

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